O Mackenzie tenta voltar à Superliga A. Para isso, terá um duro caminho, pois terá de ficar entre os quatro primeiros colocados da Superliga C, o que valerá a classificação à Superliga B, na disputa da próxima temporada. E nesta, terá de ser campeão ou vice para conseguir o acesso para a Superliga A.
O Mackenzie foi o campeão da primeira disputa nacional do vôlei feminino no Brasil, em 1963, no então Troféu Guarany. O clube disputou quatro vezes, de 2008 a 2012, a Superliga Nacional. Sua melhor participação foi na edição 2008/09, quando chegou às quartas de final (foi derrotado na melhor de três pelo São Caetano), terminando na sexta colocação.
Na temporada 2011/12, o clube foi o sétimo colocado, sendo que esta é considerada a melhor participação, apesar de ter sido eliminado, também, nas quartas de final. Só caiu diante do campeão daquela temporada, o Rio de Janeiro, tendo vencido o primeiro jogo, em Belo Horizonte, por 3 a 2. No Rio, perdeu as duas partidas, por 3 a 1 e 3 a 0.
"Nosso objetivo é estar, em dois anos, de volta à Superliga A", disse o coordenador de vôlei do clube, Matheus Lara.
O Mackenzie é um tradicional formador de atletas. Foi quem lançou Sheilla, Ana Paula, Érika, Gabi e Ana Carolina.
Time forte
Para competir, o clube concentrou esforços na montagem do time composto por jogadoras que, de alguma maneira, conhecem a história do Mackenzie e têm ligação e identificação com a instituição.
Segundo Matheus, a equipe será formada essencialmente pela categoria de base, que responderá por 70% do grupo de jogadoras.
Foram feitas contratações pontuais. Os destaques são as campeãs brasileiras pela seleção mineira em 2022: Evelyn Carvalho e Flávia Guiomar, além de Sara Benevides e Lara Molinari, ambas do sub-17.
"Todas elas colecionam convocações para as seleções mineira e brasileira de base", disse o coordenador.
Entre as contratadas estão a ponteira Ingrid Félix, de 33 anos. Ela já defendeu Osasco-SP, SESI-SP, Minas, Macaé-RJ, Vôlei Futuro-SP, Banespa-SP e São Caetano-SP. Jogou também pelo Mackenzie na Superliga de 2011 e também atuou no exterior.
Outra atleta confirmada é Sara Willians, central de 29 anos, revelada nas categorias de base do Mackenzie e com grande identificação com o clube. Depois, jogou em Franca-SP, Maringá-PR e Cruzeiro.
A líbero Mariana Sales, de 33 anos, é natural de Belo Horizonte e disputou a última Superliga B pela equipe de São Carlos-SP. Jogou também no Bauru-SP e equipes no exterior.
A central Aline Cristina, de 36 anos, que disputou a última edição da Superliga A por Brasília, também chega ao clube com muitas expectativas.
"Eu não ia jogar esse ano para cuidar exclusivamente do meu filho. Mas veio o convite do Mackenzie, meu clube do coração. Aceitei na hora. Ainda mais que sou de Belo Horizonte. Ficou ainda mais fácil."
Para a central Sara Willians, é um privilégio poder passar um pouco de sua experiência para o grupo de jovens.
"Há muito tempo não via um grupo tão jovem e tão preparado. As meninas aliam força com muita técnica e uma disposição incrível."
Aline concorda. "Estamos aqui para somar e dar suporte para essa geração que é realmente muito forte."
Matheus Lara considera que o grupo está 95% fechado. "Temos encaminhada a contratação de mais duas jogadoras que irão se apresentar nos próximos dias e se juntarem a equipe, mas continuamos atento ao mercado e às possíveis oportunidades que podem surgir para encorpar mais ainda um grupo que já é de muita qualidade."
O técnico será Gabriel Leite, também formado no clube.
Time do Mackenzie
Levantadoras: Eduarda Bicalho e Larissa Reis
Opostas: Vivian Andrade e Giovanna Miryelli
Ponteiras: Ingrid Félix, Flávia Lisboa, Sara Benevides, Lorena Rezende e Giovanna Micaelli
Centrais: Aline Cristina, Sara Willians, Evelyn Carvalho, Alexia Fernandes e Annie Rezende
Líberos: Mari Sales e Lara Molinari
Técnico: Gabriel Leite
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