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BRASIL

Alckmin diz que Bolsonaro 'confunde o povo' com fala antiga na propaganda do PT


O ex-governador de São Paulo e candidato a vice na chapa com Lula para a Presidência, Geraldo Alckmin (PSB), gravou um vídeo da campanha eleitoral gratuita de rádio e TV rebatendo e provocando o presidente Jair Bolsonaro (PL), principal adversário da chapa encabeçada pelo ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT).

O vídeo foi divulgado na manhã desta sexta-feira (9) pelo candidato petista em seu perfil oficial do Twitter. Nele, Alckmin acusa Bolsonaro de "confundir o povo" com falas dele de 2017, proferidas em discurso na convenção nacional do PSDB.

"Naquela época muitos de nós fomos iludidos por um julgamento que depois a própria justiça anulou, porque foi parcial e suspeito. Hoje está provado que Lula foi preso injustamente", diz Alckmin, que disputou o Planalto com Lula, depois Fernando Haddad (PT), e Bolsonaro em 2018.

Ele se referiu à campanha gratuita do presidente da República na televisão, que utilizou inserções descontextualizadas da declaração alusiva à campanha de 2018, quando Alckmin disse que o PT "quer voltar à cena do crime". A mesma fala foi repetida por Bolsonaro no comício feito em Brasília na manhã do 7 de Setembro, após os desfiles cívico-miltares.

Na publicação em que divulga o vídeo no Twitter, a equipe de Lula reforçou: "Muitos foram enganados por um processo mentiroso e parcial contra Lula. Hoje sabemos a verdade. Os adversários usam falas antigas do Geraldo Alckmin para confundir as pessoas, mas o momento é de unidade, pelo Brasil e pelo povo". Veja abaixo a publicação:

Muitos foram enganados por um processo mentiroso e parcial contra Lula. Hoje sabemos a verdade. Os adversários usam falas antigas do @geraldoalckmin para confundir as pessoas, mas o momento é de unidade, pelo Brasil e pelo povo. #EquipeLula pic.twitter.com/aONQ2Dr7A8

— Lula 13 (@LulaOficial) September 9, 2022

Voltando ao vídeo, o ex-governador finaliza a peça eleitoral de rádio e TV com a mais recente suspeita de corrupção envolvendo a família presidencial, conforme reportagem de Thiago Herdy e Juliana Dal Piva, do portal Uol, divulgada há uma semana.

"Agora é a família Bolsonaro que precisa explicar ao povo a compra de 51 imóveis com dinheiro vivo". A assessoria de imprensa do PT ainda não informou à reportagem de O TEMPO quando o vídeo de Alckmin rebatendo Bolsonaro vai ao ar na rádio e TV.

Bolsonaro foi questionado sobre esse assunto por empresários dos setores de comércio e serviços em 30 de agosto, durante um evento de campanha. "Eu ouvi falar que tem uma imprensa aí pegando a variação patrimonial da minha família desde 1990. Por que eu?", perguntou na resposta. "Mas qual o problema comprar com dinheiro vivo o imóvel? Eu não sei o que está escrito na matéria. Qual o problema?", acrescentou.

Geraldo Alckmin acionou o TSE contra Bolsonaro

Em outra frente, Geraldo Alckmin enviou uma representação ao Tribunal Superior Eleitoral (TSE) acusando a campanha eleitoral gratuita de Bolsonaro na televisão como “propaganda maliciosa”.

“Trata-se de propaganda maliciosa, que descontextualiza sem qualquer prurido antiga gravação alusiva à campanha de 2018 para o nítido propósito de confundir o eleitor, dando a entender que a opinião emitida pelo requerente seria atual e que, na verdade, ele não é partidário de seu companheiro de chapa”, diz um trecho da representação.

Depois de inserir um trecho do vídeo de 2018 em que Alckmin ataca o PT com a fala sobre corrupção, a campanha televisiva de Bolsonaro apresenta a seguinte mensagem: “Se até o vice do Lula pensa assim, como é que eu vou confiar nele?”.

A defesa do candidato a vice sustenta que as locuções retratadas na propaganda confundem por sugerir que “refletiriam o sentimento do representante no presente momento”.

Por se tratar de uma tática de desinformação, o uso de vídeos antigos na propaganda eleitoral com o fim de confundir o eleitorado está na mira da Justiça Eleitoral.

Ainda na representação dos advogados de Alckmin, é lembrado que há um entendimento jurisprudencial dessa irregularidade desde 2014, com o precedente aberto pelo candidato Aécio Neves (PSDB) em que ele exibiu frases descontextualizadas da adversária Dilma Rousseff (PT) quando ela disputava a reeleição naquele ano.

“Se o entendimento jurisprudencial já era assim na campanha presidencial de 2014, com mais rigor isso há de ocorrer na atual quadra, em que se combate com mais firmeza a divulgação das chamadas fake news, enfrentando-se de forma visceral a divulgação de falsidades para turbar o entendimento do eleitor”, defende a ação.

A defesa pede que a divulgação da mensagem, assim como os vídeos antigos, deixem de ser veiculados e referências nas redes sociais sejam retiradas.

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