Estado de Greve
Em resposta à decisão do ministro, entidades sindicais da categoria têm entrado em Estado de Greve, ou seja, um alerta que possibilita uma paralisação a qualquer momento. O Sindeess seguiu o movimento e hoje (9/9) publicou um edital que possibilita a situação.
O sindicato agora tem convocado trabalhadores para assembleias na segunda (12) e terça-feira (13/9), às 7h, para que seja votado o
estado de greve. É esperado que 700 pessoas participem. No entanto, o pensamento do sindicato não é a paralisação no momento.
“Queremos mobilizar os trabalhadores para virar a situação, e temos força suficiente para encher as ruas sem precisar tirar de dentro dos hospitais”, explicou o presidente do Sindeess, José Maria Pereira.
Com uma base de cerca de 30 mil profissionais, caso uma greve seja decretada, a expectativa do sindicato é que pelo menos a metade da força decida aderir ao movimento. Se acontecer, a paralisação irá ocorrer em escala mínima de trabalho.
Julgamento virtual do STF vota suspensão da lei
Ainda nesta sexta-feira (9/9), começou um julgamento virtual sobre a decisão do ministro Barroso em suspender o piso da enfermagem. A análise termina no dia 16 de setembro, a não ser que haja algum pedido de vista ou destaque, que poderia atrasar a decisão.
Barroso, relator do caso, votou a favor de manter a decisão. Para ele, três fatores ainda precisam ser analisados: a situação financeira de estados e municípios, a empregabilidade, devido às alegações plausíveis de demissões em massa; e a qualidade dos serviços de saúde.
O ministro defendeu a análise do tema e apontou dificuldades. “De um lado, encontra-se o legítimo objetivo do legislador de valorizar os profissionais de saúde, que foram exigidos até o limite de suas forças. De outro lado, estão os riscos à autonomia e higidez financeira dos entes federativos, os impactos sobre a empregabilidade no setor e, por conseguinte, sobre a própria prestação dos serviços de saúde", diz Barroso.
*Estagiário sob supervisão do subeditor Eduardo Oliveira