Ministério pediu entrega 'imediata', e instituto questionou governo federal sobre quantas doses permanecerão em SP. Anvisa decide neste domingo sobre uso emergencial de duas vacinas. O Ministério da Saúde enviou um ofício ao Instituto Butantan no qual reiterou o pedido de entrega "imediata" de 6 milhões de doses importadas da vacina contra a Covid-19.O documento foi enviado nesta sexta-feira (15) e é assinado pelo diretor do Departamento de Logística em Saúde do ministério, Roberto Ferreira Dias.Na sexta, o governo federal pediu ao Butantan a entrega "imediata" de 6 milhões de doses. O instituto, então, respondeu que é "praxe" uma parte das doses permanecer com o Butantan. A instituição indagou, ainda, quantas doses permanecerão em São Paulo.Em resposta a esse questionamento do Butantan, o ministério afirmou:"Em relação à solicitação [...] no que tange a informação acerca do quantitativo destinado ao estado de São Paulo [...], informamos que a responsabilidade pela elaboração, atualização e coordenação do plano nacional de operacionalização da vacinação contra a Covid-19 é do Ministério da Saúde", afirmou o ministério.O diretor do Departamento de Logística em Saúde, então, acrescentou: "Há a necessidade da imediata entrega das 6 milhões de doses para que o cronograma de distribuição das doses não seja comprometido e não ocorra atraso no início da vacinação da população brasileira, sendo ressaltado que todas as etapas da distribuição contará com apoio do Ministério da Defesa.""Reiteramos os termos do ofício [...], solicitando o pronto atendimento do pleito, com a urgência que o caso requer", concluiu Roberto Ferreira Dias.Anvisa se reúne neste domingo (17) para definir autorização emergencial das vacinasReunião na AnvisaA Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) se reunirá neste domingo (16) para decidir sobre o uso emergencial de duas vacinas contra a Covid-19. Os pedidos foram apresentados pelo Butantan e pela Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz).O pedido do Butantan é referente a 6 milhões de doses importadas da Coronavac, produzida pela farmacêutica chinesa Sinovac. O Butantan também produz a vacina no Brasil.Já o pedido da Fiocruz é referente a 2 milhões de doses importadas do laboratório Serum, da Índia, que produz a vacina desenvolvida pela Universidade de Oxford (Reino Unido) e pelo laboratório AstraZeneca. A Fiocruz também produz a vacina no Brasil.