O Cruzeiro é o único em caminho diferente. O time que será em breve confirmado como campeão brasileiro da Série B foi montado a custo praticamente zero. Um dos poucos atletas comprados acabou sendo o artilheiro Edu, que custou módicos R$ 600 mil junto ao Brusque – tal operação, inclusive, se deu antes da chegada de R9.
Meses mais tarde, Wesley Gasolina foi adquirido por R$ 2 milhões, que garantiram 50% de uma venda futura.
É bem verdade que Ronaldo desembolsou R$ 40 milhões com dívidas antigas junto à União, na Fifa e na CNRD, sob o risco de o clube não poder registrar novos jogadores.
E há uma série de outras pendências, como a da compra de Rodriguinho, que deve ser executada ainda neste ano, com valores a partir de US$ 6 milhões ou R$ 32,5 milhões em duas parcelas, além de juros e correção monetária.
Mas a questão em jogo não é se Ronaldo tem mais ou menos dinheiro do que seus concorrentes de SAF. Sua filosofia à frente do Cruzeiro, assim como já era no Valladolid, privilegia as práticas de responsabilidade, organização e profissionalismo.
Perfil de reforços para 2023
Com receita bem maior em 2023, depois do retorno à elite nacional, o Cruzeiro fará investimentos. Mas o torcedor não deve esperar por reforços de peso ou midiáticos.
O perfil já está desenhado e seguirá a linha de Lucas Oliveira e Neto Moura, recentemente comprados de Atlético-GO e Mirassol. Oliveira custou, via Pix, R$ 4 milhões. Já Neto saiu por R$ 1,5 milhão.
Mas isso significa que o Cruzeiro será menos competitivo do que os rivais da Série A? Vai depender do índice de acerto na hora de contratar atletas. Se o aproveitamento de 2022 se repetir em 2023, o sucesso estará garantido.