Butantan deve entregar estudo sobre capacidade da vacina de levar à produção de anticorpos. Mais cedo, Anvisa aprovou uso emergencia da CoronaVac e da vacina de Oxford. A Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) publicou na noite deste domingo (17) o termo de compromisso assinado junto com o Instituto Butantan e que foi condição para a aprovação do uso emergencial da CoronaVac no Brasil.Mais cedo neste domingo, a Anvisa aprovou o uso emergencial da CoronaVac e da vacina de Oxford no país. O ministro da Saúde, Eduardo Pazuello, informou que a distribuição das cerca de seis milhões de doses da CoronaVac começa na manhã desta segunda (18) e, a vacinação, a partir de quarta (20).No caso da CoronaVac, entretanto, a Anvisa havia condicionado a aprovação do uso emergencial à assinatura do termo de compromisso em que o Butantan se compromete a enviar resultados sobre a imunogenicidade da vacina, que é a capacidade que ela tem de estimular o sistema imunológico a produzir anticorpos.Edição extra do Diário Oficial traz termo de compromisso para liberar CoronavacInstantes depois de a diretoria da Anvisa anunciar a aprovação do uso emergencial, e antes da publicação do termo, o governo de São Paulo iniciou a vacinação no estado.A CoronaVac foi desenvolvida pelo laboratório chinês Sinovac. O Instituto Butantan, ligado ao governo de São Paulo, firmou parceria com o laboratório para a produção no Brasil das vacinas."Quanto à vacina Coronavac, desenvolvida pelo instituto Butantan, voto pela aprovação temporária do seu uso emergencial condicionada a termo de compromisso e subsequente publicação de seu extrato no DOU. Quanto à vacina solicitada pela Fiocruz, voto pela aprovação temporária de seu uso emergencial referente a 2 milhões de doses", votou a diretora da Anvisa Meiruze Freitas, relatora do processo sobre o uso emergencial das duas vacinas.O extrato do termo de compromisso publicado no "Diário Oficial" estabelece "a execução do estudo de avaliação da resposta imunogênica de participantes do estudo clínico de fase 3 da vacina Coronavac que desenvolveram a doença e um subgrupo de 10% dos participantes que não desenvolveram a doença nos períodos pré-vacinação, duas semanas e quatro semanas após a vacinação."De acordo com o texto, o termo vale até 31 de março e pode ser prorrogado uma única vez.A enfermeira Mônica Calazans, de 54 anos, comemora ao lado do governador de São Paulo, João Doria, após receber a vacina CoronaVac no Hospital das ClínicasAmanda Perobelli/ReutersSegundo Leonardo Filho, estatístico da Anvisa, a eficácia da Coronavac é de 50,4%, em percentual arredondado. Segundo o gerente de Medicamentos, Gustavo Mendes, a eficácia da vacina de Oxford é de 70,42%.Durante apresentação dos dados, Gustavo Mendes informou ainda que a área técnica da Anvisa recomendou a aprovação do uso emergencial das duas vacinas, "condicionada ao monitoramento das incertezas e reavaliação periódica". Mendes também ressaltou que há aumento no número de casos e ausência de alternativas terapêuticas.Vídeos: assista a reportagens sobre as vacinas contra a Covid-19