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Anvisa publica termo de compromisso com Butantan para uso emergencial da CoronaVac

Por Redação

17/01/2021 às 23:16:51 - Atualizado há
Butantan deve entregar estudo sobre capacidade da vacina de levar à produção de anticorpos. Mais cedo, Anvisa aprovou uso emergencia da CoronaVac e da vacina de Oxford. A Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) publicou na noite deste domingo (17) o termo de compromisso assinado junto com o Instituto Butantan e que foi condição para a aprovação do uso emergencial da CoronaVac no Brasil.

Mais cedo neste domingo, a Anvisa aprovou o uso emergencial da CoronaVac e da vacina de Oxford no país. O ministro da Saúde, Eduardo Pazuello, informou que a distribuição das cerca de seis milhões de doses da CoronaVac começa na manhã desta segunda (18) e, a vacinação, a partir de quarta (20).

No caso da CoronaVac, entretanto, a Anvisa havia condicionado a aprovação do uso emergencial à assinatura do termo de compromisso em que o Butantan se compromete a enviar resultados sobre a imunogenicidade da vacina, que é a capacidade que ela tem de estimular o sistema imunológico a produzir anticorpos.

Edição extra do Diário Oficial traz termo de compromisso para liberar Coronavac

Instantes depois de a diretoria da Anvisa anunciar a aprovação do uso emergencial, e antes da publicação do termo, o governo de São Paulo iniciou a vacinação no estado.

A CoronaVac foi desenvolvida pelo laboratório chinês Sinovac. O Instituto Butantan, ligado ao governo de São Paulo, firmou parceria com o laboratório para a produção no Brasil das vacinas.

"Quanto à vacina Coronavac, desenvolvida pelo instituto Butantan, voto pela aprovação temporária do seu uso emergencial condicionada a termo de compromisso e subsequente publicação de seu extrato no DOU. Quanto à vacina solicitada pela Fiocruz, voto pela aprovação temporária de seu uso emergencial referente a 2 milhões de doses", votou a diretora da Anvisa Meiruze Freitas, relatora do processo sobre o uso emergencial das duas vacinas.

O extrato do termo de compromisso publicado no "Diário Oficial" estabelece "a execução do estudo de avaliação da resposta imunogênica de participantes do estudo clínico de fase 3 da vacina Coronavac que desenvolveram a doença e um subgrupo de 10% dos participantes que não desenvolveram a doença nos períodos pré-vacinação, duas semanas e quatro semanas após a vacinação."

De acordo com o texto, o termo vale até 31 de março e pode ser prorrogado uma única vez.

A enfermeira Mônica Calazans, de 54 anos, comemora ao lado do governador de São Paulo, João Doria, após receber a vacina CoronaVac no Hospital das Clínicas

Amanda Perobelli/Reuters

Segundo Leonardo Filho, estatístico da Anvisa, a eficácia da Coronavac é de 50,4%, em percentual arredondado. Segundo o gerente de Medicamentos, Gustavo Mendes, a eficácia da vacina de Oxford é de 70,42%.

Durante apresentação dos dados, Gustavo Mendes informou ainda que a área técnica da Anvisa recomendou a aprovação do uso emergencial das duas vacinas, "condicionada ao monitoramento das incertezas e reavaliação periódica". Mendes também ressaltou que há aumento no número de casos e ausência de alternativas terapêuticas.

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