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Metrô em BH: possibilidade de paralisação total é sinalizada por sindicato

Por Redação

10/10/2022 às 21:46:36 - Atualizado há
 O metrô da capital mineira voltou a aperar com 100% da frota na última sexta-feira (7/10), após dois dias de portas fechadas. Agora, a previsão é de que a categoria interrompa novamente o serviço na sua totalidade. “Vamos definir os moldes em que a greve será levada adiante, com a definição de dias e horários da paralisação”, disse o Sindimetro.  Vale lembrar que, com distribuição de bananas, o Sindimetro liderou um protesto na Estação Central em 29 de setembro para rechaçar o edital de concessão do Metrô da Região Metropolitana de Belo Horizonte (Metrô-BH), publicado no dia 23 do mesmo mês pelo governo de Minas Gerais.

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 Conforme o sindicato, aproximadamente 1,6 mil funcionários podem ser dispensados depois da entrega do serviço à inciativa privada. Já o governo federal prevê que a nova empresa garanta a absorção da mão de obra dos funcionários da Companhia Brasileira de Trens Urbanos (CBTU) por pelo menos 12 meses.  “O problema é que não há garantias de que isso vá acontecer. A vencedora da concessão vai precisar por pessoas que não sejam concursadas, mas isso demanda tempo de treinamento. Então, depois de mais ou menos dois meses, a única certeza que os trabalhadores têm é que eles serão demitidos”, pontua o Sindimetro. 

A greve

 A greve dos metroviários teve início em 25 de agosto, um dia após o Tribunal de Contas da União (TCU) autorizar a abertura do edital para concessão do serviço. Porém, no dia seguinte, a companhia, que opera o metrô de BH, conseguiu uma liminar para que ele funcionasse com pelo menos 60% da capacidade e com maior intervalo entre as viagens. Na terça-feira (4/10), a Companhia Brasileira de Trens Urbanos (CBTU) obteve decisão favorável ao pedido de aumento da multa diária de R$ 35 mil para R$ 70 mil, em caso de desobediência à ordem de escala mínima de 60% da frota. Mesmo com aumento da multa, os metroviários seguiram com a paralisação total em BH, na ocasião.  

Edital de concessão

 O edital rejeitado pela categoria também prevê a privatização da CBTU no estado. O investimento projetado, ao logo de 30 anos de concessão, é de R$ 3,7 bilhões. Deste montante, R$ 3,2 bilhões vêm dos cofres públicos, sendo R$ 2,8 bilhões de aporte da União e R$ 440 milhões do estado. O restante fica a cargo da empresa vencedora da licitação. Logo, a categoria questiona o preço fixado pelo governo no lance inicial em R$ 19,3 milhões. “Além das 35 composições, nós temos 19 estações, quatro subestações de energia, 29 quilômetros de leito ferroviário e as edificações ao longo do trecho. A CBTU está sendo oferecida a preço de banana”, avaliou, na ocasião, o presidente do sindicato, Daniel Glória, também em conversa com a reportagem.
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