Estado atravessa caos no sistema de saúde, com hospitais lotados e sem oxigênio suficiente para pacientes. Embaixada pediu dados de contatos e locais para entregar doações. A embaixada da China no Brasil ofereceu ao governo do Amazonas apoio financeiro e doação de insumos para o enfrentamento da pandemia de Covid-19. O estado enfrenta um colapso do sistema de saúde, com falta de leitos e de oxigênio para os pacientes internados. Nesta terça-feira (19), sete pessoas morreram em um hospital de Coari (AM) por falta de oxigênio.
Em ofício com data desta segunda-feira (18), a embaixada chinesa pede que o governo do Amazonas forneça informações de contato e indique pontos para recebimento de "doações tanto institucionais como empresariais do lado chinês”.
“Sensibilizada com a situação, esta embaixada está mobilizando o efetivo engajamento de instituições e empresas chinesas no Brasil para auxiliar de forma concreta neste momento desafiador, tais como oferecer apoio financeiro e doar itens e insumos prioritários para salvar vidas”, diz o documento.
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A nota não detalha a quantidade e o tipo de doações que a embaixada pretende enviar ao Amazonas.
Nesta semana, o governo da Venezuela começou a enviar ao estado caminhões com 107 mil metros cúbicos de oxigênio para uso médico.
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Carta para Xi Jinping
Em outra frente, o deputado Fausto Pinato (PP-SP), presidente da Frente Parlamentar Brasil-China, protocolou na embaixada chinesa em Brasília uma carta endereçada ao presidente da China, Xi Jinping.
No documento, Pinato pede atuação direta do político chinês para a liberação de exportação de insumo farmacêutico ativo (IFA) ao Instituto Butantan e à Fundação Oswaldo Cruz para a continuidade da produção das vacinas CoronaVac e Oxford/AstraZeneca no Brasil.
"O tempo é o maior inimigo na luta contra a Covid-19. O Brasil é um dos países mais afetados pelo vírus em todo o mundo, com 8,5 milhões de infectados e mais de 210 mil mortos", diz o deputado brasileiro.
Matéria-prima para a fabricação da CoronaVac e da vacina de Oxford vem da China
Segundo o blog de Andreia Sadi, a postura "bélica" do chanceler brasileiro Ernesto Araújo tem atrapalhado negociações para a liberação do insumo necessário à produção da CoronaVac.
Essa atitude pode afetar o envio de insumo chinês para a produção da vacina CoronaVac pelo Instituto Butantan, de São Paulo, informou o blog de Valdo Cruz.