Parlamentar esteve em Campo Grande em campanha pela presidência da Câmara Federal. Em coletiva de imprensa, deputado reforçou importância da candidatura para manter independência no parlamento. Deputado federal Baleia Rossi (MDB-SP) em visita a Campo Grande (MS)
Fabiano Arruda/TV Morena
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O deputado federal Baleia Rossi (MDB-SP) veio a Mato Grosso do Sul nesta terça-feira (19) em campanha pela presidência da Câmara Federal. Durante o dia, o parlamentar conversou com deputados do estado em busca de fortalecer a eleição, além de participar de uma coletiva de imprensa na sede do MDB em Campo Grande. A votação para a presidência da Câmara ocorre em 2 de fevereiro.
Perguntado sobre as interferências do Governo Federal nas eleições para presidência da Câmara e do Senado, Baleia as classificou como "indevidas". "O governo tem trabalhado de maneira muito ostensiva para o outro candidato (Arthur Lira – líder do Centrão e aliado do Palácio do Planalto), com verba extra orçamentária, com cargos e tudo mais. Entendo que precisamos ter independência e harmonia, já que o poder legislativo não pode ser submisso a nenhum outro poder", justificou.
Sobre um possível pedido de impeachment do presidente Jair Bolsonaro (PSL), Rossi se esquivou. "Nenhum candidato à presidência da Câmara pode ter como bandeira o impedimento de um presidente da república. Não somos uma candidatura de oposição, e sim de independência da Câmara, com autonomia para decisões", disse.
Em coletiva, o parlamentar reforçou a importância de sua candidatura para a não interferência do governo federal no poder legislativo, clamando que o que está em jogo na eleição para a presidência da Câmara é "o futuro do Brasil". Rossi ainda defendeu o retorno das atividades do Congresso, especialmente pela crise do oxigênio no Amazonas.
"Nesse momento é muito importante que voltemos, especialmente pelo que passa o Amazonas, mas também com a iminente preocupação de que outros estados entrem em colapso", apontou o deputado. Em entrevista à TV Morena, Rossi também falou sobre a retomada de auxílios à população durante a pandemia.
"Precisamos de uma agenda de Brasil. Acredito que temos que buscar soluções para milhões de vulneráveis, já que, como a pandemia não acabou, passam por grandes necessidades, inclusive básicas, de alimentação. Dentro do teto de gastos e ajustes fiscais, precisamos reorganizar as despesas para que tenhamos ou o fortalecimento do bolsa família ou o auxílio emergencial", afirmou.
Por fim, Rossi comentou sobre as reforma tributária no Brasil. "É a reforma que está mais madura para ser votada. Dois anos de debate, relatório pronto e é a reforma que vai fazer com que a gente possa gerar emprego, renda, melhorar o ambiente de negócio e fazer o Brasil deslanchar na economia", finalizou.
A eleição para a presidência da Câmara
Editoria de Arte / G1
Candidatura
Rossi lançou no último dia 6, oficialmente, a candidatura à presidência da Câmara. O ato foi oficializado junto com lideranças dos partidos aliados – PT, PSL, MDB, PSB, PSDB, DEM, PDT, Cidadania, PV, PCdoB e Rede. Nesta segunda (18), o Solidariedade mudou de lado e também anunciou apoio a Baleia Rossi na disputa.
Uma das expectativas do Planalto é que a ala bolsonarista do PSL desembarque do bloco de Maia, para apoiar Arthur Lira. Em busca de votos, Lira também faz agendas pelo país. O bloco dele é formado por PL, PP, PSD, Republicanos, PROS, Podemos, PSC, Avante e Patriota.
Além da presidência da Câmara, outros dez cargos na Mesa Diretora serão decididos na mesma votação para eleição do presidente. Os eleitos têm mandato de dois anos.