Toffoli substituirá Rosa Weber, que presidiu colegiado por um ano. Falhas na internet do tribunal levaram as duas turmas a encerrar as sessões nesta terça. Dias Toffoli, presidente do STF, durante evento em Brasília em junho deste anoREUTERS/Adriano MachadoO ministro Dias Toffoli foi eleito nesta terça-feira (1º) o próximo presidente da Primeira Turma do Supremo Tribunal Federal (STF) e deve passar a presidir o colegiado durante o ano que vem. Toffoli substituirá a ministra Rosa Weber, que conduziu os trabalhos por um ano.As trocas de presidente nas Turmas seguem o regimento interno do STF, segundo o qual assume o membro mais antigo que ainda não tenha desempenhado a função.“A mim é uma honra voltar a presidir essa Primeira Turma, ainda tendo na sua composição o ministro Marco Aurélio, com quem muito aprendi e aprendo. Espero poder corresponder à confiança dos eminentes colegas e poder conseguir manter esse padrão de atividade, de atuação”, afirmou Toffoli.O STF tem duas turmas, cada uma formada por cinco diferentes ministros – apenas o presidente do Supremo não integra esses colegiados durante o mandato. As turmas julgam recursos e habeas corpus, e cabe ao presidente definir as datas de julgamento e conduzir as sessões.Dias Toffoli deixou a presidência do STF em setembro; relembre homenagens ao ministroAlém de Toffoli, a Primeira Turma é composta pelos ministros Marco Aurélio Mello, Luís Roberto Barroso, Alexandre de Moraes e Rosa Weber.Já a Segunda Turma é presidida por Gilmar Mendes e composta, também, por Cármen Lúcia, Nunes Marques, Ricardo Lewandowski e Edson Fachin.Problema técnicoDurante as sessões desta terça, um problema técnico interrompeu a transmissão das duas Turmas por videoconferência por mais de uma vez. Apenas a Primeira Turma conseguiu finalizar a pauta prevista.O STF informou que "se trata de um problema técnico de uma das operadoras que fornece o serviço de internet para o STF", e negou que os sistemas tenham sido alvos de qualquer tipo de ataque.A Segunda Turma chegou a iniciar a sessão, pouco depois das 14h. Mas, por três vezes, houve problemas na transmissão, que acabaram interrompendo os trabalhos. Os ministros não chegaram a concluir o julgamento de processos. As falhas começaram quando o ministro Gilmar Mendes, presidente da turma, apresentava seu voto em um pedido de arquivamento de um dos inquéritos contra o ex-senador Eunício Oliveira (MDB-CE). O ex-parlamentar quer encerrar uma investigação aberta em abril de 2017, no âmbito da Operação Lava Jato. O ex-senador foi acusado de receber R$ 2,1 milhões de propina da construtora Odebrecht para facilitar a aprovação de medidas provisórias favoráveis aos interesses da companhia e posterior conversão em leis.