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BRASIL

Com 43 bloqueios, Santa Catarina vai entrar na Justiça para liberar estradas


Estado mais afetado pelas interdições e bloqueios em estradas promovidos por caminhoneiros - 43 ao total -, Santa Catarina vai acionar a Justiça para, se preciso, usar da força policial para liberar o trânsito nas rodovias que cortam o território estadual. A informação é do governo catarinense, que atrelou a medida caso a Polícia Rodoviária Federal (PRF) não atue para remover as barreiras criadas por transportadores que apoiam o presidente Jair Bolsonaro (PL) e estão contestando o resultado das urnas.

Em nota emitida pelo Executivo, o comandante-geral da Polícia Militar de Santa Catarina, coronel Marcelo Pontes, disse que há um diálogo com a PRF para encontrar alternativas de desbloqueio do tráfego. “Só podemos agir sob demanda da Polícia Rodoviária Federal nas rodovias federais, por isso a conversa. Temos aumento no número de bloqueios nas rodovias estaduais e a nossa ação é ouvir os manifestantes e tentar negociar a liberação. Vamos pedir à Procuradoria-Geral do Estado garantia também para, em caso de necessidade, legitimar de forma judicial o uso progressivo da força”, disse.

A medida é tratada como a mais extrema no Estado, que trabalha para conscientizar os caminhoneiros a desobstruir as rodovias. “Nós contamos com o bom senso dos manifestantes, até porque existem pessoas em situação delicada de saúde, como ambulâncias, além de carga viva de animais para os frigoríficos. Todo o nosso efetivo das forças de segurança está à disposição para garantir o direito de ir e vir dos catarinenses”, afirmou o presidente do Colegiado Superior de Segurança Pública do Estado, perito-geral Giovani Eduardo Adriano.

Conforme a Polícia Rodoviária Federal (PRF), dentre os 43 pontos com interdições e bloqueios, 30 estão com o tráfego completamente interrompido. Os protestos ocorrem nas BRs-101, 116, 153, 280, 282 e 470. O governador eleito no Estado, Jorginho Mello (PL), também ligado ao presidente Bolsonaro, disse que não concorda com os atos. “Eu sei da paixão e da dor que os bolsonaristas estão tendo neste momento, mas eu não concordo com manifestação. Quebradeira não constrói nada, não vai mudar nada", afirmou em entrevista ao portal G1.

O atual governador, Carlos Moisés, não se manifestou publicamente sobre o assunto ainda. Em nota, a Federação das Empresas de Transportes de Cargas e Logística de Santa Catarina (Fetrancesc) afirmou que as manifestações estão interferindo no abastecimento com o impedindo de trânsito de caminhões, “sobretudo aqueles que transportam os insumos básicos, a exemplo de alimentos, medicamentos, combustíveis e suprimentos para hospitais”.

A Federação reprovou o movimento e destacou que as empresas do transporte rodoviário de cargas do Estado não integram os movimentos e “pretendem manter suas atividades normalmente”. “Para que isso ocorra, a entidade necessita a garantia da segurança dos motoristas e colaboradores do setor no exercício desta atividade fundamental. É imprescindível que haja a liberação das rodovias para que ocorra o tráfego normal de veículos”, finaliza a nota.

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