Mancini revelou que tem conversado com a diretoria americana desde que
renovou seu contrato, há cerca de um mês. O treinador ainda falou sobre as observações de mercado após a
vitória do Coelho por 1 a 0 sobre o Internacional, na quarta-feira (2/11), no Independência, pela 35ª rodada da Série A. "Há mais de um mês já temos feitos várias reuniões. Temos listas de reforços, que não podem ser citados porque senão vamos entrar em uma alta concorrência. Mas estamos em cima disso. A partir do momento em que eu renovei, falamos sobre isso diariamente", afirmou. O técnico ressaltou a dificuldade financeira do clube e a necessidade de esperar a classificação final da competição nacional para agir no mercado. "Nós já temos mapeado muita gente, mas óbvio que dependemos do orçamento, do mercado, de alguns clubes que estão brigando lá em cima ou lá em baixo. Tem muita gente que pode fazer parte desse mercado de transferências." Outro fator que interfere diretamente no processo de contratações são as renovações de contrato. Após assegurar as permanências de Felipe Azevedo e Henrique Almeida para 2023, o clube tenta fechar em definitivo com Luan Patrick (emprestado pelo Athletico-PR), Everaldo (emprestado pelo Corinthians) e Wellington Paulista. Além deles, estão em fim de contrato Patric, Raúl Cáceres, Conti (emprestado pelo Benfica), Danilo Avelar (emprestado pelo Corinthians), João Paulo, Zé Ricardo, Benítez (emprestado pelo Independiente-ARG) e Índio Ramírez (emprestado pelo Atlético Nacional-COL).
SAF do América
O América tem negociações avançadas para vender parte das ações da SAF a Robert Platek, empresário norte-americano responsável pela empresa MSD Capital. O possível parceiro do Coelho já é proprietário de três clubes europeus: o Casa Pia, de Portugal, o Spezia, da Itália, e o Sonderjyske, da Dinamarca. A tendência é que a reunião para a aprovação dos termos pelo conselho ocorra nos próximos dias. A chegada de um investidor vai impactar no modo em que o clube agirá no mercado da bola, como explica Mancini. "Sobre o orçamento, temos duas realidades: uma é o América com o orçamento do América, e outra com a possível chegada da SAF, que nos daria um fôlego um pouco maior. Enquanto não temos a SAF estamos pensando como América, tentando qualificar o nosso elenco, que é o mais importante", afirmou o técnico, que ressaltou a busca por atletas que qualifiquem o elenco. "Não adianta buscarmos peças que não sejam da realidade do América. A qualificação do elenco para esse momento é mais importante do que buscar uma ou duas peças", disse. Dentro de campo, o América também vive uma indefinição. Em nono lugar do Brasileiro, com 49 pontos, a equipe ainda está na luta por vaga na próxima Copa Libertadores, o que pode aumentar ainda mais as receitas para 2023.
