Em nono lugar, com 53 pontos, o time mineiro tem Botafogo (8º, com 53 pontos), Atlético (7º, com 55 pontos) e Athletico-PR (6º, com 55 pontos) à frente. No entanto, como os paranaenses e os cariocas se enfrentam,
o América ultrapassará algum deles em caso de triunfo. Em caso de empate,
o Coelho dependeria de outros três resultados. Para começar, o Botafogo precisa perder para o Athletico-PR. Caso a derrota seja por um gol de diferença, o saldo de gols ficaria igual ao do América, que precisaria empatar com o Atlético-GO em pelo menos 2 a 2 para levar vantagem em outros critérios. Neste cenário, o número de vitórias, o saldo de gols, os gols marcados, o confronto direto e o número de cartões vermelhos ficariam igualados (se não houver expulsos nos respectivos jogos), mas o Coelho provavelmente ficaria à frente dos cariocas devido ao número de cartões amarelos: 89 contra 96, no momento. Além disso, São Paulo e Fortaleza não poderiam vencer suas respectivas partidas. O time paulista encara o Goiás fora de casa, enquanto a equipe cearense visita o Santos. Outra motivação para o América é o fato de poder atingir sua maior pontuação e a melhor colocação na história do Campeonato Brasileiro, ultrapassando os 53 pontos de 2021 e igualando o sétimo lugar de 1973.
A importância da vaga na Libertadores
Capitão do América, o experiente Juninho comentou a importância de conquistar uma vaga na Libertadores. Terceiro jogador com mais partidas na história do clube, o volante de 35 anos acredita que seria merecido pela campanha do time no campeonato. "Uma vaga na Libertadores seria um prêmio, uma coroa pela nossa campanha. Sabemos que ainda não há nada decidido, as dificuldades, mas por tudo aquilo que fizemos no campeonato, acho que esse grupo merece muito essa vaga. Vamos lutar com todas as forças, sabemos do jogo difícil contra o Atlético-GO", disse, em entrevista coletiva. Já o presidente do Coelho, Alencar da Silveira Júnior,
demonstrou mais confiança para a partida. O dirigente assegurou que o time irá repetir o feito do ano passado e revelou ter motivado os atletas antes do confronto. "Levantamos, sacudimos a poeira, vamos dar a volta por cima, buscar o resultado e fazer nossa parte. Tudo no América é mais sofrido. Se você imaginar, eu falo com nossos jogadores: nós vamos fazer o resultado e buscar a Libertadores. Não tenho dúvidas disso. Vamos repetir o que fizemos no ano passado, com um detalhe, vamos ser melhores do que fomos neste ano. Vamos fazer muito mais na Libertadores, não tenho dúvidas disso", afirmou, em contato com o
Superesportes.
Finanças
O América pode encerrar a Série A entre 7º e 11º lugar, o que representa uma diferença de até R$ 12,2 milhões na premiação concedida pela CBF. No melhor dos cenários, o time receberá R$ 31,5 milhões, e no pior R$ 19,3 milhões.
Premiações do 7° ao 11° no Campeonato Brasileiro: 7° lugar - R$ 31,5 milhões8° lugar - R$ 29,2 milhões9° lugar - R$ 27 milhões10° lugar - R$ 24,7 milhões
11º lugar - R$ 19,3 milhões Além do prestigio de disputar a Libertadores, há uma grande diferença na premiação para a Copa Sul-Americana. Nesta temporada, o América assegurou R$ 21 milhões ao cair na fase de grupos do principal torneio, enquanto o campeão da Sula recebeu um valor de aproximadamente R$ 28,6 milhões.
Rival quase rebaixado
O América enfrentará um Atlético-GO desesperado para evitar o rebaixamento. Em 17º lugar, com 35 pontos, o time goiano precisa vencer o Coelho, torcer por uma derrota do Cuiabá e ainda tirar uma diferença de seis gols no saldo. O Cuiabá está na 16ª posição, com 38 pontos, e encara o Coritiba na última rodada, na Arena Pantanal. Na combinação de resultados, o Atlético-GO terá que vencer, por exemplo, por 1 a 0, e o Dourado ser derrotado por 5 a 0. Um triunfo por 2 a 0, com derrota do rival por 3 a 0, e assim por diante, também é vantagem para os goianos. Neste cenário, o número de vitórias (9) e o saldo de gols seria igual, mas a equipe de Goiás ficaria à frente por ter mais gols marcados no campeonato. Os resultados são tão improváveis que o Departamento de Matemática da UFMG coloca o Dragão com 99,4% de chance de rebaixamento. Outro ponto a favor do América é a campanha do Atlético-GO. O time goiano não vence há quatro jogos na competição e é o quarto pior visitante, com apenas duas vitórias conquistadas. O técnico do Dragão, Eduardo Souza, admite a dificuldade em evitar a queda, mas prega respeito à competição. O comandante ainda elogiou o América e citou a grande responsabilidade do time mineiro. "É muito difícil. Seis gols é uma situação complicada, mas tudo é possível. O América é muito organizado pelo Mancini, sabemos as características dele. (...) Temos que estar muito atentos. É respeitar o América, mas sabermos que temos chances de fazermos um grande jogo e, quem sabe, uma vitória", disse. "O América tem suas responsabilidades, muito mais que nós. Todos, pelas circunstâncias, já nos creditam como virtual rebaixado. Temos que ser inteligentes e sabermos utilizar o jogo para conseguirmos a vitória", completou.
Escalações
O América tem apenas um desfalque para a partida: o meia Emmanuel Martínez, que se recupera de uma lesão de ligamento no pé esquerdo. A tendência, portanto, é que Mancini repita a escalação do jogo passado, em que o Coelho foi derrotado por 2 a 1 pelo Palmeiras, no Allianz Parque, em São Paulo. Pelo lado do Atlético-GO, o goleiro Diego Loureiro (dores musculares) e o volante Gabriel Baralhas (suspenso) são as ausências. Os substitutos devem ser Renan e Marlon Freitas, respectivamente.
AMÉRICA X ATLÉTICO-GO
AméricaMatheus Cavichioli; Raúl Cáceres, Conti, Éder e Marlon; Alê, Juninho e Benítez; Everaldo, Felipe Azevedo e Henrique Almeida
Técnico: Vagner Mancini
Atlético-GORenan (Pedro Paulo); Dudu, Lucas Gazal, Wanderson e Jefferson; Marlon Freitas, Willian Maranhão e Wellington Rato; Airton (Luiz Fernando), Churín e Shaylon.
Técnico: Eduardo Souza
Motivo: 38ª rodada do Campeonato Brasileiro
Estádio: Independência, em Belo Horizonte-MG
Data e horário: domingo, 13 de novembro, às 16h
Transmissão: Premiere
Árbitro: Leandro Pedro Vuaden (RS)
Assistentes: Michael Stanislau (RS) e Marcia Bezerra Lopes Caetano (RO)
VAR: Daiane Caroline Muniz dos Santos (FIFA/SP)