A Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz) informa, nesta quarta-feira (23), que 14 estados brasileiros e o Distrito Federal apresentam tendência de alta no número de casos graves em decorrência da Covid-19 nas últimas seis semanas, o que confirma a nova onda do coronavírus no País. Na tendência de curto prazo, portanto nas últimas três semanas, nove estados apresentam sinal de ascensão da enfermidade.
Minas Gerais apresenta sinais de alta entre 75% e 95% nas últimas seis semanas (longo prazo) e estabilidade nas últimas três (curto prazo). Na de longo prazo, nove unidades da federação apresentam chances de aumento de casos graves acima dos 95%: Ceará, Alagoas, Pernambuco, Bahia, Goiás, Mato Grosso do Sul, São Paulo, Rio de Janeiro, Santa Catarina e o Distrito Federal. Além de Minas, Piauí, Rio Grande do Norte, Pará e Roraima estão no patamar entre 75% e 95%.
"Na maioria desses estados observa-se sinal de crescimento na população adulta, especialmente nas faixas etárias acima dos 60 anos, sugerindo associação com o aumento de casos de SRAG (síndrome respiratória aguda grave) por COVID-19", esclarece a Fiocruz no boletim.
O balanço da Fiocruz mostra que a tendência de alta em Minas se concentra principalmente no Triângulo, Sul, Alto Paranaíba, Central, Jequitinhonha, Norte e Vale do Rio Doce. A situação é de estabilidade no Noroeste, Centro-Oeste e na Zona da Mata mineira.
Quanto às capitais, a Fiocruz informa que 17 das 27 principais cidades brasileiras apresentam crescimento acima dos 75% na tendência de longo prazo: Aracaju (SE), Belém (PA), plano piloto e arredores de Brasília (DF), Campo Grande (MS), Curitiba (PR), Florianópolis (SC), Fortaleza (CE), Goiânia (GO), João Pessoa (PB), Maceió (AL), Natal (RN), Recife (PE), Rio de Janeiro (RJ), Salvador (BA), São Luís (MA), São Paulo (SP) e Teresina (PI). Em BH, o quadro é de estabilidade.
Devido ao claro cenário de aumento nos casos graves da Covid-19, o pesquisador Marcelo Gomes defende a importância de medidas de proteção. “Para diminuir a transmissão do vírus, é extremamente importante que a população retome o uso de máscaras adequadas em situações de maior exposição, como transporte público, locais fechados ou mal ventilados, aglomerações e nas unidades de saúde. Além disso, estar com a vacinação em dia é fundamental para diminuir o risco de agravamento da doença“, diz o coordenador do boletim InfoGripe.