Escolas tranquilas, sem problemas além dos habituais. Essa é a avaliação de um professor de história que trabalhou em Aracruz (ES) sobre a Escola Estadual de Ensino Fundamental e Médio (EEFM) Primo Bitti e o Centro Educacional Praia de Coqueiral (CEPC), onde ocorreram os ataques desta sexta-feira (25). Conforme informações oficiais das autoridades, ao menos três pessoas morreram e 11 ficaram feridas.
“Eram escolas tranquilas. Nada demais. Conheço duas professoras que foram feridas, ambas entre 35 e 40 anos. Muito complicado. Aqui, no Espírito Santo, até temos boas condições salariais em relação a outros Estados do País, onde a situação é grave. Mas, esse medo de tiroteio sempre nos perseguiu. Aconteceu na Bahia, nos Estados Unidos e agora aqui. Traz insegurança. É um sentimento de revolta”, diz o professor, que preferiu não se identificar.
O professor trabalhou em uma escola próxima aos locais do ataque por sete anos, entre 2013 e 2020. Hoje, trabalha em outra cidade do interior do Espírito Santo. Aracruz está no norte do Estado.
De acordo com a Polícia Militar da região, o crime aconteceu por volta das 10 da manhã, desta sexta-feira (25), mas não se sabe o número exato de vítimas.
Ainda segundo os militares, o jovem invadiu a escola Escola Estadual Primo Bitti e disparou contra os adolescentes. Na sequência, seguiu para uma escola particular, Centro Educacional Praia de Coqueiral (CEPC), e fez novos disparos.
Em nota, a Prefeitura de Aracruz, por meio da Secretaria Municipal de Educação (Semed), informou que não há vítimas entre alunos e funcionários da Escola Municipal de Ensino Fundamental (Emef) Coqueiral, que fica localizada ao lado de onde ocorreu o fato. Todos estão seguros e sendo assistidos pela prefeitura.
O governador do Espírito Santo, Renato Casagrande (PSB), fez uma publicação em seu perfil no Twitter sobre o ataque a escolas. "Com sentimento de pesar e muita tristeza, estou acompanhando de perto a apuração da invasão nas Escolas Primo Bitti e Darwin, em Aracruz. Todas as nossas forças de segurança estão empenhadas. Determinei o deslocamento dos Sec. de Segurança e Educação para acompanhar os trabalhos", escreveu.
O TEMPO