Dois dos agentes públicos já estavam aposentados e atuavam na captação de clientes. “Identificamos um esquema bastante robusto e complexo, que envolvia todas as etapas do processo de obtenção e renovação da CNH”, explicou o promotor de justiça do Ministério Público de Minas Gerais (MPMG) Peterson Queiroz Araújo, em coletiva de imprensa.
O esquema para facilitar o exame era acertado com donos e instrutores de autoescolas, além de agenciadores de exames. Ao todo, 25 pessoas são investigadas e podem ser indiciados pelos crimes de corrupção passiva e formação de quadrilha. Até o momento, ninguém foi preso.
Na operação, realizada na manhã desta quinta-feira (1/12), foram cumpridos 31 mandados de busca e apreensão. “O próximo passo é a análise do material apreendido para medidas futuras”, explica o promotor.
A emissão completa do documento, desde a prova de legislação até exame de direção, custava em torno de R$8 a R$10 mil. No caso de fraudes avulsas, como a renovação de CNH e exames médicos, o grupo cobrava em torno de R$ 3 mil.
Estado de Minas