Minas só perde para São Paulo e Paraná quando o assunto é furto e roubo de cabos de telecomunicações. No primeiro semestre de 2022, foram furtados 317.342 metros de cabos em solo mineiro, de acordo com a Conexis Brasil Digital, entidade que reúne empresas de telecomunicações e de conectividade. A estimativa do setor é que mais de 4 milhões de clientes tenham sido prejudicados em todo o Brasil.
Para se ter uma ideia do crescimento acelerado da prática criminosa em solo mineiro, no mesmo período de 2021 foram furtados 102.875 m de cabo. Ou seja: neste ano, houve um aumento de três vezes no volume de cabos subtraídos.
“Com a conectividade cada vez mais presente na nossa vida, milhões de pessoas ficam impedidas de estudar, trabalhar e até mesmo acessar serviços essenciais como polícia, bombeiros e emergência médica. Imagina a gravidade que é você querer ligar para os bombeiros para pedir ajuda, mas o telefone não funcionar porque roubaram o cabo usado nessa conexão?”, alerta Daniela Martins, gerente de relações institucionais e governamentais e de comunicação da Conexis.
Só no primeiro semestre deste ano, foram furtados ou roubados 2,34 milhões de metros de cabos de telecomunicações. O valor representa um aumento de 28% em comparação ao semestre anterior, quando foram furtados 1,83 milhões de metros. Segundo a Conexis, a alta da prática ocorre depois de uma queda de 11% na comparação de 2021 com 2020.
Há um projeto de lei PL 5846/16, em tramitação na Câmara dos Deputados, que visa tipificar a prática criminosa de furto/roubo de cabos de energia elétrica ou de telecomunicação e aumentar a pena para quem faz a receptação dos equipamentos. A proposta prevê a detenção de dois a quatro anos e multa de R$ 10.000. Atualmente, o crime é tratado como furto simples.
“Em 2021, foi notório o caso do chamado "rei da sucata", suspeito de movimentar um grande esquema de venda de materiais de origem ilegal. O projeto é de extrema importância, tendo em vista que se trata do combate de algumas etapas do ciclo do crime”, afirma Daniela Martins, da Conexis.
1° - São Paulo: 490.761 metros
2° - Paraná: 487.733 metros
3 ° - Minas Gerais: 317.342 metros
4° - Espírito Santo: 182.063 metros
5° - Rio de Janeiro: 161.751 metros