Durante oito meses, Jair e Sônia se dedicaram ao presépio. Enquanto ela moldava as figuras humanas, expressando gestos e emoções, o pai foi responsável por esculpir os animais. Ao todo, o médico moldou mais de 80 animais. E Sônia, além das figuras humanas, pintou a tela de fundo, com a estrela de Belém.
Na manhã deste domingo, o presépio recebeu a bênção da “Igreja Mãe” da Arquidiocese de BH. A cerimônia também contou com a apresentação do Quarteto de Cordas da Filarmônica de Minas Gerais. Sônia estava emocionada ao ver que o seu projeto e de seu pai se materializou após tanto trabalho. Porém, seu Jair não esteve presente, pois faleceu antes que o presépio pudesse ser apresentado.
No entanto, o médico conseguiu ver o presépio finalizado antes de partir e deixou uma mensagem de gratidão. “O criador foi muito gentil comigo, me permitiu chegar a esta idade trabalhando em algo tão prazeroso. Até os 86 anos eu ainda atuava como médico, fui obstetra e clínico, mas não fiz medicina para ganhar dinheiro, fiz para aliviar a vida do meu semelhante”, disse.