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Carnaval com aval popular em BH


A maior parte dos moradores de Belo Horizonte ficará na cidade na virada do ano, em janeiro e durante o Carnaval,  indica pesquisa realizada pelo Instituto Opus no início de dezembro. O levantamento aponta também que, mesmo sem interesse em participar das festas de rua em fevereiro, a maioria dos residentes na capital mineira aprova a folia na cidade.
O levantamento realizado pelo Opus e divulgado pelo Estado de Minas foi feito a partir de 400 entrevistas presenciais de 2 a 4 de dezembro e tem uma margem de erro de cinco pontos percentuais. Um dos pontos apurados na pesquisa foi o planejamento dos moradores de BH para os primeiros meses do próximo ano. Quando questionados sobre o Carnaval de rua de Belo Horizonte, 58,5% dos entrevistados se disseram a favor da festa. A reprovação foi de 31,3% e outros 10,3% afirmaram ser indiferentes ao tema (confira quadro).
A pesquisa ouviu os moradores de BH também sobre o planejamento para a folia, que, no ano que vem, acontece oficialmente na terça-feira, 21 de fevereiro. A maior parte, 60,3% dos respondentes, disse que estará na cidade, mas não pretende participar do Carnaval. Outros 32,3% esperam ir às ruas da capital e 7,5% não marcarão presença porque viajarão durante o período.
O diretor do Instituto Opus, Matheus Dias, avalia que as respostas sobre o Carnaval mostram que existe uma aceitação majoritária da festa como um evento relevante no calendário da cidade, evidenciado por uma quantidade maior de pessoas que dizem não ter interesse em participar da festa do que os que reprovam sua realização.
“Apesar de parte dos moradores não participarem da festa, eles veem isso como alternativa cultural e de ativação econômica do município , que projeta o nome da capital para toda a Região Metropolitana de BH e para todo o estado também. Isso não acontecia uma década atrás, por exemplo”, aponta.
O pesquisador ressalta que a pesquisa feita neste dezembro traz uma variação significativa em relação ao levantamento realizado no ano anterior, quando a pandemia colocou em xeque a realização do Carnaval. “Em novembro de 2021, quando a pandemia estava muito mais grave, fizemos uma pesquisa sobre a festa de rua em BH. Naquela época, um percentual de 19% da população era a favor da realização do carnaval. Mostra que aquele sentimento do ano passado, que era majoritariamente negativo, já não está mais no dia a dia da população”, avalia.
Ainda segundo o diretor do Opus, a pesquisa atual não levantou os motivos apontados por quem rejeita a realização do Carnaval de rua em BH. Existe a possibilidade de a COVID-19 ainda ser um ponto que crie ressalvas à festa popular, mas Dias assinala que é esperado que exista um percentual de desaprovação do evento independentemente de questões sanitárias, mas por razões morais, comportamentais ou religiosas, por exemplo.
De acordo com a Empresa Municipal de Turismo de Belo Horizonte (Belotur), a expectativa é de que 5 milhões de pessoas participem do Carnaval da cidade em 2023, entre elas 205 mil turistas. A administração da capital espera que, durante o período oficial da folia na cidade, de 4 a 26 de fevereiro, R$ 623 milhões sejam movimentados  em BH, com geração de 9.200 empregos diretos e indiretos .

Viagens

De acordo com a pesquisa realizada pelo Instituto Opus, o movimento nas ruas de Belo Horizonte não terá grandes alterações durante a virada do ano e no primeiro mês de 2023. Mais de dois terços dos entrevistados (67,8%) pelo levantamento disse que não pretende viajar durante o período; 23% passarão algum período fora da cidade; e outros 9,3% ainda não definiram o planejamento para o período de férias escolares.
Entre os 32,3% que responderam que vão viajar ou ainda não se decidiram, mais da metade – 51,2% – disse que pretende ir para a praia. O segundo destino mais recorrente é o interior de Minas, sendo apontado por 28,7% desse grupo. Cidades fora do estado, mas que não estão no litoral atraem 13,2% dos turistas de BH; outros 4,7% ainda não definiram o destino; e apenas 2,3% farão uma viagem internacional durante o período.
Aos 67,8% dos entrevistados que ficarão em Belo Horizonte na virada do ano e em janeiro de 2023 pode interessar o fato de que a pesquisa apontou as opções de lazer e cultura da capital como o setor de serviços mais bem avaliado da cidade.
De acordo com o levantamento,  42,5% dos entrevistados classificaram as alternativas de lazer e cultura de Belo Horizonte como boas ou ótimas, 31,5% como regulares, 19,8% como ruins ou péssimas e 6,2% não souberam ou não quiseram responder. Os outros serviços, que tiveram avaliação positiva inferior, são: educação, obras, assistência social, conservação de ruas, segurança, geração de empregos, saúde, trânsito e transporte público.

Estado de Minas

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