Um dos nomes cotados para assumir o comando da
Seleção Brasileira em 2023, Dorival Júnior se mostrou contra a ideia de um técnico estrangeiro ocupar a vaga. Em entrevista ao
Seleção SporTV, o profissional disse que há apenas uma exceção que ele acha válida.
O último trabalho de Dorival foi no Flamengo, clube que deixou após o fim desta temporada. Apesar de curta, a passagem do treinador pela Gávea foi muito marcante, pois ele conduziu a equipe rubro-negra aos títulos da Copa do Brasil e da Copa Libertadores.
"Eu sou muito sincero. Eu não acho que deva ter. Só se for o melhor treinador do mundo, que na minha opinião é o (Pep) Guardiola. Caso não seja ele, não é para ter. É para ter um treinador brasileiro. Não ganhamos cinco Copas do Mundo por termos somente grandes jogadores. Sempre tivemos um grande comandante também", opinou. Entre os principais treinadores estrangeiros especulados na Seleção estão o italiano
Carlo Ancelotti, do Real Madrid, o espanhol Pep Guardiola, do Manchester City, e os portugueses Abel Ferreira e Jorge Jesus, de Palmeiras e Fenerbahçe, respectivamente. O Brasil está sem um comandante desde a saída de Tite, que treinou a equipe durante seis anos. Seu último trabalho foi na Copa do Mundo do Catar, em que a Seleção foi eliminada pela Croácia nas quartas de final.
"Eu acho que temos que parar um pouco com isso e olharmos para isso. Vermos que todos que fazemos o futebol temos uma parcela de culpa. Em um ano foi o Barbosa (goleiro) que foi o culpado, em outro ano foi o Felipão... Agora o Tite. E todo o aparato envolvido? Quando ganhamos a Copa foi só o Parreira campeão?", acrescentou.
Na visão de Dorival Júnior, é preciso que as responsabilidades no futebol brasileiro comecem a ser "mais divididas". Ele também afirmou que não vê uma defasagem tão grande nos técnicos brasileiros, como "muitos dizem".