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Greve do Metrô de BH: em dia de leilão, estações permanecem fechadas

Por Redação

22/12/2022 às 12:05:55 - Atualizado há

Na manhã de hoje, trabalhadores se reúnem em uma manifestação contra o leilão, que inicia às 14h, na Bolsa de Valores B3, em São Paulo (SP). A concentração ocorre na Praça da Estação, na Região Central de Belo Horizonte, e pode seguir pelas ruas da cidade. 
A classe descumpre a limiar de escala mínima de operação dos trens, estabelecida pelo Tribunal Regional do Trabalho (TRT). Foi determinado que 100% dos trens operassem em horário de pico e 70% nos outros horários. 
O Sindicato dos Empregados em Transportes Metroviários e Conexos de Minas Gerais (Sindimetro) marcou uma nova assembleia para esta quinta. Segundo Daniel Glória, secretário-geral do sindicato, caso o leilão não ocorra, as atividades do Metrô BH voltarão ao normal a partir de amanhã. “Já tínhamos deixado isso encaminhado. Nossas próximas providências estão muito ligadas ao resultado de hoje”. 
Caso alguma empresa arremate a CBTU-MG, trabalhadores operarão em escala mínima. “Tudo dependerá da ratificação da assembleia, por isso, vamos esperar”, afirmou Glória. 
Em nota, a Companhia informou que não tem respostas sobre o processo de desestatização, além das já publicadas pelos órgão oficiais, pois as diretrizes e ações são conduzidas pelo Conselho do Programa de Parceria de Investimentos (CPPI). 

A greve 

Segundo o Sindimetro, a categoria não aceita a privatização da CBTU-MG. Com a greve, a linha emergencial E019 volta a rodar com horários entre 5h30 e 23h. Os ônibus saem da Estação Eldorado, em Contagem, na Região Metropolitana, com destino a Belo Horizonte. 
A linha, conforme anunciado pelo Sistema de Transporte Coletivo Metropolitano (Sintram), irá circular até o término da paralisação do metrô. O embarque será realizado na plataforma A3.

Privatização 

O edital rejeitado pelos metroviários prevê a concessão, ao longo de 130 anos, para a iniciativa privada. O investimento projetado é de R$ 3,7 bilhões. Deste montante, R$ 3,2 bilhões vêm dos cofres públicos, sendo R$ 2,8 bilhões de aporte da União e R$ 440 milhões do estado. O restante fica a cargo da empresa vencedora da licitação.  Com isso, a categoria questiona o preço fixado pelo governo no lance inicial em R$ 19,3 milhões. “Além das 35 composições, nós temos 19 estações, quatro subestações de energia, 29 quilômetros de leito ferroviário e as edificações ao longo do trecho. A CBTU está sendo oferecida a preço de banana”, avalia Daniel.
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