Segundo a Repórteres Sem Fronteiras, ao todo foram feitos 508 ataques de autoridades públicas à imprensa no país. Levantamento diz ainda que Brasil é o 107º no ranking de liberdade de imprensa, duas posições abaixo de 2019. Levantamento da organização não-governamental (ONG) Repórteres Sem Fronteiras divulgado nesta segunda-feira (25) aponta que o presidente Jair Bolsonaro e os filhos políticos fizeram juntos 469 ataques a jornalistas e veículos de imprensa em 2020. Os números fazem parte do balanço sobre ataques à imprensa feitos por autoridades à imprensa. Ao todo, a ONG registrou 508 ações desse tipo partindo de autoridades públicas no ano passado.
De acordo com a ONG, o número de ataques feitos pelos integrantes da família Bolsonaro foi:
Jair Bolsonaro: 103
Eduardo Bolsonaro, deputado (PSL-SP): 208
Carlos Bolsonaro, vereador (Republicanos-RJ): 89
Flávio Bolsonaro, senador (Republicanos-RJ): 69
Além disso, também foram registrando ataques partindo de 50% dos ministros.
As jornalistas mulheres foram as que mais sofreram ataques pessoais. Foram 34, entre ofensas, ameaça judicial, descredibilidade e até impedimento de cobertura. Contra jornalistas homens, foram 29 ataques pessoais.
Segundo a ONG, o Brasil ocupa o 107º lugar no ranking mundial de liberdade de imprensa. Noruega, Finlândia e Dinamarca estão nas primeiras posições. O Brasil caiu duas posições em relação a 2019.
"Quando os jornalistas não podem trabalhar em condições normais, são os cidadãos que não sabem de verdade o que está acontecendo no país. Acho que, num ano de pandemia, o direito a informação é tão importante quanto o direito à saúde. É muito importante dizer que não estamos defendendo os jornalistas em si, mas estamos defendendo a democracia como um todo", afirmou o diretor do escritório dos Repórteres Sem Fronteiras na América Latina, Emmanuel Colombié.
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