O instrutor de parapente José Rocha da Silva, 61, morreu após uma queda de 15 metros, quando o equipamento em que ele voava foi atingido por uma linha de pipa revestida com cerol -mistura de cola branca e fragmentos de vidro. O material cortante rasgou o parapente.
O acidente ocorreu no último domingo (25). Junto a Fernanda Rodrigues Felipe, 23, turista que pagara pelo passeio guiado por José, o homem sobrevoava a praia de Indaiá, em Bertioga, no litoral norte de São Paulo.
Segundo a Prefeitura de Bertioga, após a queda ambos foram socorridos com vida e levados ao Hospital Municipal de Bertioga. O instrutor não resistiu à gravidade dos ferimentos, que o levaram a um quadro de hemorragia, e morreu um dia após chegar à unidade.
Já Fernanda, acometida com um trauma grave em uma das pernas, segue internada aguardando transferência para realização de cirurgia para correção da lesão, de acordo com a administração do hospital.
A Polícia Militar trabalha para identificar o responsável pela pipa causadora do acidente. Segundo relatos de banhistas aos agentes, o parapente fazia manobra de pouso rumo à areia ao ser atingido.
Conforme legislação, veículos não podem sobrevoar faixas de areia para aumentar a segurança dos que transitam no solo, devendo planar ao menos 50 metros mar adentro.
Além disso, instrutores devem encontrar local apropriado para pouso, o mais longe o possível de banhistas. O instrutor José Rocha da Silva já havia sido notificado pela Associação Aerodesportiva de Bertioga por prática irregular.
(Bruno Lucca/ Folhapress)