Octávio Felinto Neto e Gabriel Arantes do Nascimento, filhos de Sandra Regina, a filha rejeitada por Pelé, morta em 2006, visitaram o avô nesta quarta-feira (28), no Hospital Albert Einstein, em São Paulo. Os dois foram convidados por Kely e Flávia, filhas que estão acompanhando o 'Rei do futebol' durante sua internação.
"Esses momentos são difíceis de explicar. Às vezes muita tristeza e desespero, outros momentos rimos e falamos de memórias divertidas. E o que mais aprendemos com tudo isso é que temos que buscar um ao outro, e segurar bem pertinho. Só assim que tudo vale a pena. Com todos juntos", escreveu Kely na legenda da foto com os sobrinhos que jamais conviveram com Pelé.
Sandra Regina era a filha mais velha de Pelé, fruto do relacionamento com a empregada doméstica Anísia Machado, em 1963. Ela nasceu em 1964, mas só foi reconhecida por Pelé em 1991, após teste de DNA. Em 1996, passou a usar o sobrenome Arantes do Nascimento. Mesmo assim, o ex-jogador preferiu não ter convívio com a filha.
Por conta da rejeição, Sandra Regina foi coautora do livro "A filha que o Rei não quis", escrito por Walter Brunelli. Nele, ela contou a briga judicial com o pai até ser reconhecida.
Sandra nasceu em Guarujá em 24 de agosto de 1964 e foi eleita vereadora de Santos em 2000 pelo PDT. À época, ela aprovou um projeto para exames de DNA gratuito.
Sandra Regina morreu em 17 de outubro de 2006, aos 42 anos, devido a um câncer de mama. A mãe dela, Anísia Machado, morreu em 14 de março de 2014, aos 68 anos.
Pelé está internado desde 29 de novembro no Hospital Albert Einstein, inicialmente em função de uma infecção respiratória. Durante a recuperação, houve evolução do câncer de cólon. O ex-jogador, de 82 anos, passou a registrar quadro de insuficiências renal e cardíaca em 21 de dezembro.
"Internado desde 29 de novembro para uma reavaliação da terapia quimioterápica para tumor de cólon e tratamento de uma infecção respiratória, Edson Arantes do Nascimento apresenta progressão da doença oncológica e requer maiores cuidados relacionados às disfunções renal e cardíaca. O paciente segue internado em quarto comum, sob os cuidados necessários da equipe médica", diz o boletim.
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