A futura ministra da Saúde, Nísia Trindade, afirmou nesta quinta-feira (29), que pretende transformar o Programa Nacional de Imunização (PNI) em um departamento nacional de imunizações de modo que atividade seja “fortalecida”. Além disso, declarou que a política de vacinação no País não deve se restringir ao Ministério da Saúde.
“A minha ideia também é mobilizar, em conjunto, os demais ministérios, pensando também com as escolas, o papel do Desenvolvimento Social e os vários programas nessa área, para uma sensibilização para que cada brasileiro possa nos ajudar no convencimento da importância da vacinação”.
A então presidente da Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz) participou na tarde desta quinta-feira da entrega do relatório final do Grupo de Trabalho (GT) de Saúde, no Centro Cultural Banco do Brasil, em Brasília.
A transição listou 10 pontos prioritários a futura ministra, que afirmou que vai utilizar o documento para elaborar o Plano Nacional de Saúde. “A primeira tarefa será recuperar a confiança na capacidade de coordenação do ministério da Saúde”, afirmou Nísia Trindade.
Entre os diagnósticos apresentados estão uma série de alertas relacionados a atual gestão do MS. Foram listados o “apagão” de dados, como a falta de informações sobre insumos de saúde; prazo de validade de medicamentos em estoque; contrato de 25 milhões de publicidade com uma empresa que não tem como atividade fim fazer propaganda.
O coordenador do GT de Saúde e ex-ministro Arthur Chioro, declarou que a equipe identificou 25 pontos estratégicos e 129 itens onde o atual sistema de saúde pública se mostra inadequado. “Sem resposta e segurança sanitária para a população”. Em seguida, listou as 10 prioridades apresentadas pela transição.
De acordo com Nisia Trindade, o relatório final de Saúde vai se tornar público a partir do dia 9 de janeiro.