A analista de backoffice Elisangela Tinem Gonçalves, 38, morta após ser atingida por um rojão durante o Réveillon no litoral paulista, havia ido até a praia para assistir à queima de fogos oficial realizada pela Prefeitura de Praia Grande.
Ela morava com os dois filhos na zona norte da cidade de São Paulo.
A mulher foi atingida logo após a meia-noite de 1° de janeiro por um artefato particular, que não fazia parte da festa oficial, conforme investigação preliminar da Polícia Civil. Ela estava com familiares na faixa de areia da praia Nova Mirim.
A intenção da família era permanecer no litoral até o dia 4.
O corpo de Elisangela foi enterrado por volta das 17h desta segunda-feira (2) no cemitério Vila Nova Cachoeirinha, na zona norte paulistana. Cerca de cem pessoas estiverem presentes no local para se despedir dela.
A vítima havia ido até a praia na companhia de familiares, entre eles os dois filhos, de 18 e 13 anos, e o analista de sistemas Alexander Gonçalves, 41, primo dela.
À reportagem, Gonçalves disse que o grupo havia ido até a praia somente para assistir à queima de fogos. Eles haviam se fixado num ponto da praia, mas resolveram sair após notar que várias pessoas soltavam fogos na faixa de areia.
Por precaução, relatou o analista de sistemas, eles resolveram ficar em outro ponto para assistir ao show pirotécnico. Pouco depois, um rojão veio por trás deles e atingiu Elisangela.
Gonçalves relatou que, no momento em que tentou retirar o objeto de sua prima, houve uma explosão.
A mulher foi atingida no tórax e no braço direito, conforme o delegado Alex Mendonça do Nascimento. O Samu (Serviço Móvel de Atendimento de Urgência) foi acionado, porém ela morreu no local.
"Eu estava ao lado dela, mas ela se debateu. Eu pulei na direção e tentei puxar, mas foi muito rápido e explodiu", relatou Gonçalves.
Ele também foi atingido na explosão. Nesta segunda-feira (2), Gonçalves estava com um dos braços enfaixado. O homem também queimou a mão, peito e perna.
A Praia Grande teve oficialmente seis pontos isolados para a queima de fogos em diversos bairros de sua extensão. De acordo com a gestão municipal, uma lei prevê a proibição do manuseio, da utilização, da queima e da soltura de fogos de estampidos e de artifícios, assim como de quaisquer artefatos pirotécnicos com estampido em todo o território do município.
A Polícia Civil busca identificar o responsável pelo rojão por meio de imagens ou testemunhas que possam ter registrado ou visto a ação.
(Paulo Eduardo Dias/Folhapress)