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Educação

Rotina nas férias escolares: crianças precisam de horários definidos, refeições nutritivas e atividades estimulantes; veja dicas


Especialistas ouvidos pelo g1 alertam que é preciso colocar regras e limites e dão orientações de como otimizar o período de férias para que a volta às aulas não seja um processo traumático. Tathiany Almeida e o filho Davi, de 9 anos.

Arquivo pessoal

Assim como em outras famílias, na casa da dentista Tathiany Almeida, que mora no Rio de Janeiro, a rotina de Davi, de 9 anos, muda nas férias escolares. "Fica mais flexível. Eu permito que meu filho assista à TV ou jogue videogame até mais tarde e durma um pouco mais tarde também", conta.

Comuns nesse período, essas pequenas mudanças no dia a dia dos pequenos não representam um problema, mas especialistas ouvidos pelo g1 alertam que é preciso prestar atenção a alguns pontos para garantir que as férias sejam mais proveitosas e facilitar na volta às aulas. Confira as dicas abaixo:

1 - Orientações sobre a rotina nas férias

Segundo o psicólogo infantil Luiz Carlos de Azevedo, as crianças precisam:

Dormir em horários regulares, pelo menos 8 horas por noite, e ter horários para dormir e acordar.

Fazer atividades estimulantes física e mentalmente.

Ter refeições balanceadas e nos horários adequados.

Evitar ficar em excesso na frente de telas, como celulares e tablets.

2 - Horários das refeições

Com a mudança na hora de as crianças irem pra cama, o horário das refeições também costuma sofrer alterações durante as férias.

É como acontece, por exemplo, com o filho de Tathiany: "A alimentação também fica mais flexível nos horários. Por exemplo: café da manhã é mais tarde, às 9h30. Com isso, damos mais tarde o almoço, às 13h30, e o jantar, às 20h30. Apesar das mudanças de horário, mantemos sempre a rotina da alimentação saudável", explica.

A nutricionista familiar Rachel Francischi vê como natural a mudança no horário das refeições durante as férias, mas faz as seguintes recomendações:

Não pular refeições.

Nem exagerar nos alimentos com baixo valor nutricional e, por isso, as crianças não podem ter acesso livre aos alimentos.

Produtos industrializados podem ser consumidos desde que inseridos em uma refeição bem estruturada.

O único item a que a criança deve ter acesso indiscriminado é água.

As crianças precisam fazer de 4 a 5 refeições por dia e sempre respeitando as necessidades nutricionais. Isso garante que elas tenham disposição e foco, e ajuda até no crescimento físico

A nutricionista Gisele Haiek, pós-graduada em nutrição clínica funcional, destaca ainda a importância de os pais darem o exemplo na alimentação.

"Não adianta os pais falarem que a criança precisa comer mais frutas, beber mais água, comer mais salada se eles mesmos não fazem isso, se acabam exagerando no álcool e deixando a atividade física de lado, e não se preocupam com horário para dormir e acordar. As crianças são mais ensinadas pelo exemplo do que por instruções", observa.

3 - Brincadeiras e atividades lúdicas

Crianças precisam brincar nas férias, dizem especialistas.

Reprodução

Outro foco de atenção nas férias é em relação às atividades e brincadeiras. No caso de Tathiany, ela incentiva o filho a passar um tempo ao ar livre, brincando na piscina ou jogando futebol com os amigos. "E, à noite, antes de dormir, por volta das 22h, mantenho o hábito da leitura de um livrinho. Ele adora!", diz.

A psicopedagoga Aline Silveira König, que é vice-diretora do Colégio Leonardo da Vinci Beta, em Porto Alegre, aprova esse cuidado.

"Nas férias, as crianças e adolescentes devem ter uma rotina mais lúdica, com atividades ligadas às artes, aos esportes ao ar livre e oportunidades para descobrir e explorar novas habilidades", explica.

Aline também lembra que há uma série de atividades que podem ser feitas dentro de casa e em família que são positivas para os estudantes no período sem aulas, tais como:

Desafios de leitura;

Lições de culinária;

Jogos e brincadeiras que não estão inseridos no dia a dia do período de aulas; e

Sessões de filme (sem esquecer de estipular um limite de tempo na frente das telas).

"O que a criança precisa entender é que dá para se divertir, aprender e aproveitar mesmo não estando com um celular e, em geral, estes aprendizados são muito mais profundos e positivos", avalia o psicólogo infantil Luiz Carlos de Azevedo.

4 - Volta à rotina

Mais próximo ao retorno das aulas, a psicopedagoga Aline Silveira König ressalta que é importante que toda a família retome os combinados anteriores, como horário das refeições, hábitos de sono e de estudos e demais atividades do dia a dia.

Segundo Luiz Carlos de Azevedo, a volta ao ritmo deve ser gradual e natural. "Já é difícil para os adultos passarem por uma mudança nos afazeres do dia a dia. Imagine, então, para uma criança", pondera.

Além disso, o profissional lembra que é preciso tratar como "normal" a volta às aulas para que a criança não veja o momento como negativo.

"Estudar não é punição e os pais podem ajudar a criança a lembrar que é divertido aprender, que é na escola onde os filhos vão rever os amigos e que tudo isso faz parte de algo positivo", diz.

VEJA VÍDEOS DE EDUCAÇÃO:

G1

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