A cidade de São Paulo oficializou a decisão de usar todas as vacinas disponíveis contra a Covid-19 para oferecer a primeira dose aos grupos prioritários, sem reservar metade desse lote para garantir a outra aplicação necessária.
Em documento enviado às unidades de saúde da capital nesta terça (26), a Secretaria Municipal da Saúde explica quais grupos prioritários poderão receber as doses da segunda remessa e orienta que "as vacinas recebidas devem ser utilizadas na sua totalidade na primeira dose", diz trecho do comunicado.
A pasta ainda informa que o intervalo entre as doses deve ser de 4 a 12 semanas, no caso da vacina da AstraZeneca/Oxford, e de 2 a 4 semanas para quem receber for imunizado com a Coronavac, imunizante produzida pelo laboratório chinês Sinovac em parceria com o Instituto Butantan.
O comunicado ainda destaca que a quantidade relativa à segunda dose será recebida do Programa Estadual de Imunização, mas não cita a data em que isso deve acontecer.
A capital recebeu na última segunda-feira 165,3 mil doses da vacina da AztraZeneca/Oxford. Com isso a cidade já soma 368,3 mil doses do imunizante contra o novo coronavírus.
Além dos profissonais da saúde da linha de frente no enfrentamento da Covid-19 em hospitais públicos e privados, a nova remessa será destinada a todos os profissionais que trabalham em UBSs (Unidades Básicas de Saúde) e AMAs (Assistência Médica Ambulatorial) da capital.
Também foram contemplados os funcionários que trabalham no atendimento do Programa de Assistência ao Idoso, de idosos acamados, dos Serviços de Residência Terapêutica e Unidade de Acolhida.
A gestão Bruno Covas (PSDB) informou, por meio de nota, que a vacinação contra a Covid-19 foi iniciada em 19 de janeiro, com as 203 mil doses da Coronavac. Dessas, 91% já foram disponibilizadas aos serviços de saúde, que encaminharam listas nominais para obtenção das vacinas.
Essas doses ainda foram utilizadas na imunização de "idosos residentes em instituições de longa permanência, pessoas com deficiência maiores de 18 anos residentes em residências inclusivas e indígenas vivendo em terras nos limites do município", diz trecho da nota.
A nova remessa de doses será usada na ampliação da vacinação de grupos prioritários, como os demais profissionais da saúde, segundo a prefeitura.
A prefeitura não detalhou os motivos para utilizar todas as doses dessa segunda remessa na primeira imunização dos profissionais. A nota apenas informa, assim como o documento, que a "segunda dose será recebida através do Programa Estadual de Imunização".