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BRASIL

Estudo da FGV mostra que prática regular de exercícios físicos "organiza a vida"


Há dois anos, o educador físico Gustavo Henrique Silva, de 27 anos, virou atleta de futevôlei e futmesa, uma espécie de futebol, vôlei e tênis de mesa combinados. Ele acorda todos os dias às 6h e tem uma rotina disciplinada de treinos, dieta e sono. “Uma coisa interfere na outra. Se meu sono está desregulado, não tenho tanta energia durante o dia e fico desmotivado a treinar. Se como mal, interfere no sono. Se não treino bem, não fico com tanta disposição durante o dia”, explica Gustavo. Essa integração, que leva à necessidade de se organizar para fazer atividades físicas, foi o ponto de um estudo da Fundação Getúlio Vargas - FGV EASP. A pesquisa “Os ritmos globais de práticas de consumo”, em tradução do inglês, de Benjamin Rosenthal e de Eliane Pereira Zamith Brito, foi publicada na revista “Marketing Theory”.

Benjamin Rosenthal, professor e pesquisador da FGV, explica que o trabalho fez parte de seu doutorado. Foram entrevistados 25 adultos, com mais de 60 anos, sendo 15 corredores e dez nadadores. Todos eles praticavam atividades físicas há muito tempo. A análise qualitativa foi feita ao longo de dois anos. O pesquisador ainda utilizou-se da “observação participante”, para interpretar os dados. Para fazer natação logo cedo, pela manhã, ele alterou seus hábitos de alimentação, reduziu o consumo de bebidas alcóolicas e passou a dormir “na hora certa”. “Organizei muito a minha vida”, lembra.

Segundo Benjamin, foi observado que aquilo que fazemos para manter o desempenho nos treinos, como a escolha por uma boa noite de sono e uma refeição de qualidade, altera significativamente a percepção do tempo. “O dia-a-dia é melhor; o humor fica muito bom. E, quando paro de praticar, me sinto mal. Desregula a vida”, afirma.

Ele ainda analisa que é comum que, com a queda do ritmo das atividades físicas, a pessoa se dê cartas brancas para “meter o pé na jaca”. “Ela perde a motivação da rigidez dos hábitos. São objetivos meios para ter um objetivo fim”, afirma o pesquisador.

O desalinhamento das práticas, levaria à irritação, ansiedade ou cansaço, de acordo com o estudo. O atleta Gustavo Silva vê isso no seu cotidiano. Como os hábitos saudáveis viraram um costume, ele chegava a se sentir mal quando saía da rotina. “Uma coisa vai levando a outra. Tudo anda junto. Meu dia rende. Tenho disposição, planejamento e consciência que essa organização vai me levar a ser mais saudável”, defende.

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