Minas Gerais Gerais

Concurso é adiado, e candidata deve ser indenizada em R$ 3,2 mil

Por Redação

02/02/2023 às 20:23:11 - Atualizado há

Inicialmente marcado para agosto de 2022, o exame foi adiado para quatro meses depois, o que pegou os concurseiros de surpresa. A mulher precisou comprar passagens novas e cancelar as antigas, tendo um prejuízo de R$ 1,2 mil.
A empresa que organiza a seleção contestou os pedidos de indenização, alegando que o adiamento foi uma solicitação da Secretaria de Planejamento de Alagoas por causa de um inquérito que investigava outros concursos do estado. A promotora disse que avisou os candidatos com 12 dias de antecedência.
A decisão favorável à candidata foi proferida pela juíza Beatriz Junqueira Guimarães, do Juizado Especial Cível de Belo Horizonte. Segundo a magistrada, o inquérito policial havia sido aberto em 2021, bem antes da publicação do edital do concurso, em maio de 2022.A juíza também lembrou que os concursos públicos, especialmente na área jurídica, atraem candidatos de outros estados, exigindo organização prévia para que eles consigam passagens aéreas e hospedagem.

Eventos extraordinarios

Beatriz ainda destacou que eventos extraordinários podem acontecer e impedir a realização da prova na data prevista, como pandemias ou eventos climáticos graves, o que afastaria o dever de indenização. No caso do concurso em Alagoas, não houve qualquer fator que pudesse afastar a responsabilidade da empresa."Desta forma, quando da publicação do edital, a empresa e o estado de Alagoas já tinham ciência dos fatos que levaram à investigação policial, sendo possível escolher a data mais apropriada para o prosseguimento do concurso", disse Beatriz Junqueira.
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