A nadadora Joanna Maranhão, que faz parte do Conselho de Ética do COB (Comitê Olímpico do Brasil), não vai julgar o processo aberto para apurar a conduta do jogador de vôlei Wallace Leandro de Souza, que fez uma enquete nas redes sociais
questionando se alguém "daria um tiro na cara" do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT).
Antes do caso chegar ao COB, Maranhão comentou a declaração de Wallace nas redes socais. Portanto, ela avaliou que não seria correto fazer parte da tomada de decisão sobre o futuro do jogador.
"No momento que soube [que o episódio chegou ao COB], falei para os conselheiros que eu não iria fazer parte do processo. Já havia emitido uma opinião e eu não posso colher provas e punir", afirma ela à reportagem. "E acho que tem outro aspecto: meu posicionamento político é muito claro e é o oposto ao dele [Wallace]."
E finaliza: "Mas eu confio que os conselheiros vão tomar a decisão mais acertada sobre esse processo".
Como mostrou a Folha de S.Paulo, nesta sexta-feira (3)
o Conselho de Ética do COB suspendeu Wallace de todas as atividades esportivas que acontecem sob o controle da entidade, de maneira preventiva. O atleta terá cinco dias, a partir do recebimento da citação, para apresentar sua defesa.
A decisão consta em documento assinado por Ney Bello, conselheiro relator.
A
suspensão atende a um pedido da AGU (Advocacia Geral da União) de punição ao jogador. O órgão solicitou a abertura de processo disciplinar, com multa de R$ 100 mil e banimento do esporte olímpico.
O Conselho decidiu também que a AGU é parte interessada e tem o direito de acompanhar o processo até o fim.
Na última segunda-feira (30), Wallace postou fotos em um clube de tiro e permitiu perguntas de seguidores no Instagram. O jogador abriu uma enquete no aplicativo para saber se seus seguidores dariam um tiro no rosto do presidente Lula.
Ele apagou a postagem pouco depois, mas gravações com a imagem da enquete já circulavam pelas redes sociais. Após a repercussão do caso,
o jogador disse que cometeu um erro. "Errei e estou aqui pedindo desculpas porque quando você erra não tem jeito, você tem que assumir o erro e se desculpar", afirmou.
Na última terça-feira,
o Sada Cruzeiro anunciou a suspensão do jogador da equipe por tempo indeterminado.A
CBV (Confederação Brasileira de Vôlei) divulgou nota no início da semana repudiando o comportamento do atleta."A CBV repudia qualquer ato de violência ou incitação a atos violentos e entende que o esporte é uma ferramenta para propagação de valores como o respeito, a tolerância e a igualdade", disse a Confederação.
A diretora Sandra Corveloni recebeu convidados, na noite de quarta (1º), na estreia da peça "A Divina Farsa", da Cia. La Mínima, no Itaú Cultural. O presidente da Fundação Itaú, Eduardo Saron, esteve presente. A produtora Luciana Lima, viúva do ator Domingos Montagner, fundador do grupo de teatro e circo, também passou por lá.