Senadora afirmou nesta quarta que segue candidata à presidência da Casa. Mantido na liderança do partido, Eduardo Braga (AM) disse que adesão esperada de partidos não se confirmou. O líder do MDB no Senado, Eduardo Braga (AM), declarou nesta quarta-feira (27) que, faltando menos de uma semana para a eleição da nova presidência da Casa, parte dos apoios esperados de partidos à candidatura de Simone Tebet (MDB-MS) não se consolidou.
Braga também afirmou que analisa a possibilidade de liberar os votos da bancada na eleição para presidente, na próxima segunda-feira (1º) – mesmo havendo uma candidata da própria legenda na disputa.
A votação para a escolha do sucessor de Davi Alcolumbre (DEM-AP) é secreta. Isso significa que, mesmo que o partido "fechasse questão" em torno do nome de Simone Tebet, não seria possível identificar e punir os dissidentes da sigla.
“Não posso dizer que a bancada está unida, porque já há manifestações de vários senadores, hoje mesmo na reunião. Eu não vou faltar com a verdade. Agora, quais os partidos que estão 100% fechados nesta eleição? O voto é secreto”, disse Eduardo Braga.
“A candidatura da nossa querida Simone Tebet foi construída por aclamação dentro da bancada e isso foi feito dia 12 de janeiro. Quando fizemos isso, estávamos diante de algumas expectativas e de algumas premissas, de apoiamento de alguns partidos. Esses apoiamentos vieram em parte e em parte não se confirmaram e hoje houve uma reunião de avaliação com os colegas senadores”, declarou.
MDB anunciou candidatura de Simone Tebet à presidência do Senado no último dia 12
As declarações de Eduardo Braga foram dadas nesta quarta após reunião da bancada do MDB – a maior do Senado, com 15 senadores. No encontro, o parlamentar do Amazonas foi reconduzido à função de líder do MDB no Senado.
Após a reunião da bancada, Simone Tebet disse que manterá a candidatura à principal cadeira do Senado. Questionada sobre os votos dos colegas de partido, a senadora demonstrou desconforto. "Pergunta para o líder", respondeu.
Se abandonar o anúncio de voto unificado em Simone Tebet, o MDB pode abrir caminhos na negociação de espaços na Mesa Diretora do Senado e no comando das comissões da Casa. O outro principal candidato à presidência do Senado é Rodrigo Pacheco (DEM-MG), apoiado por Alcolumbre.
Nove legendas já declararam apoio à Rodrigo Pacheco. Tebet, além de votos no MDB, conta com o apoio anunciado de integrantes do Cidadania, do Podemos e do PSB.
Reta final de campanha
Nesta quinta-feira (28), Eduardo Braga se reunirá novamente com Davi Alcolumbre. A pauta do encontro deve ser marcada pela negociação de espaços para o MDB no Senado em uma eventual vitória de Pacheco.
O partido tem interesse na vice-presidência da Casa, na segunda secretaria da Mesa e no comando da Comissão de Constituição e Justiça (CCJ) – a principal do Senado, hoje presidida justamente por Simone Tebet.
O líder do MDB diz que já conversou com Alcolumbre, e que ouviu do presidente do Senado que haveria uma tentativa de buscar "entendimento" com a bancada do partido.
Rodrigo Pacheco oficializou candidatura para presidência do Senado no último dia 19
Braga disse não ver impedimento de o MDB fazer um acordo com o DEM para composição da Mesa Diretora, mesmo com a manutenção da candidatura de Simone Tebet. “Isso é da política. De forma transparente”, afirmou.
“Não é indevido dizer isso [que o MDB pode manter a candidatura e negociar cargos com outro candidato], porque a candidatura da Simone é uma candidatura posta”, completou Braga.