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BRASIL

Investigada por ataques racistas a Eddy Jr. pede indenização de R$ 50 mil


A aposentada Elizabeth Marrone, 69, gravada em outubro passado proferindo insultos racistas contra o humorista Eddy Jr., 28, pede R$ 50 mil em danos morais para o condomínio onde ela e a vítima são vizinhos, na Barra Funda, zona oeste de São Paulo.

Na ação protocolada na 29ª Vara Cível de São Paulo, o advogado Fermison Guzman Moreira Heredia argumenta que a mulher sofreu "severo prejuízo à saúde" em razão de movimentações e barulhos excessivos supostamente vindos do apartamento de Eddy Jr. durante meses antes da discussão registrada pelo artista e publicada nas redes sociais.

O condomínio é acusado de ter sido omisso com as reclamações da moradora. O suposto descaso, argumenta o advogado na ação, teria agravado a situação e culminado nas ofensas. Procurado pela reportagem, Heredia declarou que não faria comentários sobre o caso fora dos autos.

A reportagem procurou o condomínio na tarde desta terça (7), mas não houve resposta. Nos posicionamentos mais recentes, feitos por meio de suas redes sociais, a administração afirmou que o caso é tratado internamente.

"Macaco, imundo, feio, urubu, neguinho, um perigoso que não merece morar aqui, uma pessoa que oferece riscos para os moradores desse condomínio, foi isso tudo que eu tive que ouvir ontem por ser preto", escreveu Eddy ao compartilhar o vídeo.

Ele nega que causasse barulho no prédio. Outros moradores do condomínio afirmaram à reportagem que a mulher perseguia o artista sem motivo desde que ele se mudou para o local, em abril daquele ano. Em razão de suas atitudes, Marrone foi multada pelo condomínio em mais de R$ 6.000.

O humorista também relatou ter sido ameaçado pelo filho da aposentada. Imagens de uma câmera de monitoramento mostram o homem empunhando uma faca em frente à porta do apartamento de Eddy, que não estava em casa.

Eddy compartilhou ainda gravações de uma pessoa que ameaça matá-lo -de acordo com ele, a voz que aparece no arquivo é do filho da vizinha. O artista registrou um boletim de ocorrência contra os dois.

A investigação está em andamento na Delegacia de Crimes Raciais e Delitos de Intolerância. Em depoimento à polícia, Marrone alegou que estava sob efeito de medicamentos no dia das ofensas.

Em dezembro, Eddy usou novamente as redes sociais para dizer que agrediu o filho da aposentada no primeiro encontro que tiveram desde que o caso veio a público. Ele afirmou que a atitude não foi correta, mas que foi uma "reação" ao que sofreu.

"É isso, reação. Eles tiveram a ação deles naquele dia e hoje, a primeira vez que eu trombei, eu tive a minha reação. Nunca tinha encontrado com eles depois de tudo o que aconteceu. O mano me ameaçou de morte, veio na minha casa com uma faca me matar, aí hoje foi a primeira vez que eu encontrei com os dois aqui na porta do condomínio", disse.

(Bruno Lucca / Folhapress)

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