"Entreguei o projeto da ferradura ao Gabriel [Martins, CEO do Cruzeiro]. Quando o Atlético decidiu fazer o campo (Arena MRV), estávamos próximos de fazer parceria para fechar a ferradura. Tem o projeto, tem tudo. Mas tomaram a decisão burra de colocar aquelas arquibancadas lá, eu tive uma briga séria e tirei tudo, porque meu contrato permite isso", iniciou Salum, citando as arquibancadas modulares que foram instaladas atrás de uns dos gols do Independência para os jogos do Galo - o espaço não chegou a ser utilizado.
"Eu não posso fechar a fechadura do Independência se eu não tiver outro time jogando", prosseguiu Salum. "Eu não encho o estádio, então para que eu iria fazer isso? A não ser que eu traga um investidor que queira fechar a ferradura. O Cruzeiro está com uma parceria séria comigo, em que todo mundo ganha. É um negócio bem feito. Nessa semana, trouxe o pessoal da WTorre para conversar com a gente. Disse para o Gabriel estudar tudo, que depois a gente iria conversar", complementou.
Caso o projeto seja aprovado pelas partes, Marcus Salum estipula que as obras para a construção das novas arquibancadas durem de seis a oito meses. O dirigente ainda ressaltou que a ampliação do Independência vai elevar as receitas e trazer melhorias a outros setores do estádio.
"Esse investimento é para a gente ter retorno. A vinda do Cruzeiro, e o Atlético também jogando lá, permite governabilidade ao Independência para não virar um peso morto para o América. O Independência dá lucro? Não. Mas se sustenta, a gente joga lá e não paga nada", disse.
"Não é um prazo demorado. Vai ser uma arquibancada estilo tobogã, melhorando o vestiário e o acesso dos ônibus das delegações. Vamos ter que fazer a obra sem interditar o estádio", detalhou.
Parceria com rivais
O América deverá receber, em 2023, muitos jogos de Atlético e Cruzeiro no Independência. O clube alvinegro já acertou o mando de campo no Horto nos jogos do Campeonato Mineiro em casa, enquanto a Raposa mandará todas as partidas no estádio neste ano.
Inicialmente, não haverá gestão compartilhada entre os clube. Como dono do estádio, o América segue responsável pela administração. O Cruzeiro, no entanto, se tornará um parceiro para 'desenvolver ações que visem o fortalecimento das propriedades comerciais' do estádio. O Cruzeiro mandará jogos oficiais da equipe profissional masculina no Horto, à exceção das datas que coincidirem com partidas oficiais do América. A diretoria celeste estuda outras posssibilidades para estas ocasiões.
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