A imagem dos garis acompanhando o desfile dos blocos de rua de Belo Horizonte é uma das marcas do Carnaval deste ano e resultou em 570 toneladas de lixo recolhidas, entre sexta (18/2) e terça-feira (21/2). Em média, foram recolhidos 114 toneladas de lixo das ruas de BH por dia de folia.
Todo Carnaval a cena se repete: são garrafas PET, latinhas, sacolas plásticas e restos de fantasias abandonados pelas ruas e avenidas da cidade. A quantidade de lixo chama a atenção, mas ainda é menor (59%) que a do último carnaval oficial, no início de 2020, antes da da pandemia de COVID-19. Nesse período, a prefeitura recolheu 848 toneladas de resíduos nas ruas.
O Carnaval pode ser tudo: alegre, irreverente, disruptivo, mas ainda não conseguiu introduzir quase nenhuma prática de sustentabilidade. A Prefeitura até tenta. Segundo o executivo municipal, entre sexta-feira e sábado, 10 toneladas de materiais recicláveis deixaram de ir para o lixo e se transformaram em fonte de renda para famílias de catadores.
Os maiores volumes registrados são de garrafas PET e latinhas. Teve até bloco que fechou parceria com catadores de material reciclado, como é o caso do Abalô-caxi, que doou 500 quilos de recicláveis recolhidos após a passagem do cortejo, na avenida Assis Chateaubriand, no Bairro Floresta, Região Leste de Belo Horizonte.
O restante do material, no entanto, foi
recolhido pela Superintendência de Limpeza Urbana (SLU), que montou uma operação para dar conta do recado. Contando a noite de sexta-feira até terça-feira (21/2), o SLU teve quase 950 funcionários, em média, nas ruas por dia. O esquema de limpeza não contou apenas com vassouras: caminhões-pipas e lava-jato ajudaram na limpeza da cidade.
Entre sexta e terça-feira, desfilaram 225 blocos e a cidade teve 1.826 banheiros químicos, em média, espalhados pelas ruas a partir de sexta. Para todo o período oficial da festa, que vai de 4 a 26 de fevereiro, 493 blocos foram cadastrados na Prefeitura de Belo Horizonte.
Balanço da prefeitura no Carnaval
Ao longo dos cinco dias de festa, Belo Horizonte registrou quase 800 atendimentos médicos aos foliões nas unidades de saúde da capital. De acordo com o balanço da PBH, foram 776 ocorrências. A maior parte delas (29%) no domingo de Carnaval.
No trânsito, ponto sensível da cidade durante o carnaval, 421 funcionários da BHTrans, em média, trabalharam no fim de semana da festa. Ao todo, foram 2.370 bloqueios de vias entre sexta e terça-feira e 200 linhas de ônibus tiveram seu itinerário modificado.