O ponteiro cubano Miguel López, do Cruzeiro, foi suspenso por três jogos pelo tapa dado no rosto do oposto Paulo, do Minas. O ato ocorreu durante uma discussão no jogo do dia 4 de fevereiro, na Arena UniBH, em Belo Horizonte, pela Superliga Masculina de Vôlei.
López poderia pegar até 12 jogos de suspensão, mas o tapa foi julgado como ato de hostilidade em julgamento realizado pelo Superior Tribunal de Justiça Desportiva nesta quinta-feira (23/2).
Como o cubano não atuou no no último jogo, será desfalque contra o Brasília e contra o Guarulhos. O Cruzeiro poderia ter que pagar multa de até R$ 10 mil, mas foi absolvido.
A agressão de López a Paulo ocorreu no terceiro set, quando o Cruzeiro conquistou um ponto. O cubano encarou os minas-tenistas na rede, desvencilhou-se de alguns oponentes e deu um tapa forte no rosto do ponteiro adversário. Os demais atletas intervieram posteriormente.
Destemperado, López precisou ser contido e foi repreendido pelos minas-tenistas. Na sequência, acabou expulso pelo árbitro.
Por sua vez, Paulo foi homenageado pelo ponteiro Henrique Honorato, que recebeu o prêmio de melhor da partida, mas repassou ao colega como forma de solidariedade.
O Minas saiu vitorioso de quadra por 3 sets a 1, parciais de 23/25, 25/20, 25/18 e 25/16. O Cruzeiro lidera a Superliga, com 16 vitórias, enquanto o Minas está em segundo, com 12 triunfos.
Pedido de desculpas de López
Após o ocorrido,
López gravou um vídeo em que pede desculpas a Paulo e outros envolvidos no esporte. Ele lamenta o ato e diz que não há lugar para violência.
"Oi, pessoal. Estou vindo aqui pedir desculpas, primeiramente ao Paulo, atleta do Minas. Foi um momento de cabeça quente, nunca tinha acontecido comigo, mas não justifica o que fiz", disse.
"Também quero me desculpar com torcedores, companheiros e apaixonados pelo vôlei que presenciaram essa cena triste. Peço desculpa a eles, aos clubes e aos patrocinadores. Não há lugar para violência no esporte. Mais uma vez, abraço!", complementou.
Crítica de líbero do Minas
Líbero do Minas, Maique ironizou a decisão do STJD nas redes sociais. O atleta criticou o fato de o tapa ser considerado hostilidade e afirmou que a punição seria diferente caso López fosse jogador do clube.
"Isso aqui é hostilidade? Muito bom e coerente todo esse julgamento. Se os papéis fossem inversos, até mesmo se fosse o meu clube, a punição seria diferente, e a multa teria que ser paga", iniciou.
"Mas esse é o esporte que queremos. Agressões sendo feitas e outros rindo e comemorando, porque afinal não deu em nada praticamente", complementou.