A denúncia foi feita de acordo com o Artigo 213, nos incisos I e II do parágrafo 1º, do Código Brasileiro de Justiça Desportiva (CBJD). Os tópicos falam sobre desordem e lançamento de objetos no campo ou local da disputa do evento desportivo. A pena para essa infração pode variar de multa de R$ 100 a R$ 100 mil até perda de mando de campo (de um a dez jogos).
"§ 1º - Quando a desordem, invasão ou lançamento de objeto for de elevada gravidade ou causar prejuízo ao andamento do evento desportivo, a entidade de prática poderá ser punida com a perda do mando de campo de uma a dez partidas, provas ou equivalentes, quando participante da competição oficial. PENA: multa, de R$ 100,00 (cem reais) a R$ 100.000,00 (cem mil reais)".
Na súmula do jogo, o árbitro Paulo César Zanovelli (Fifa) relatou que o clássico foi paralisada sete vezes por arremessos de copos plásticos, bombas, tênis e isqueiros no gramado. Ele detalhou que alguns desses foram feitos pela torcida cruzeirense. Em outros momentos, não foi possível identificar quem jogou objetos em campo.
A Polícia Militar (PMMG) conseguiu deter alguns torcedores envolvidos nessas irregularidades, de acordo com relato na súmula. Quatro boletins de ocorrências foram feitos. De acordo com o observado pela reportagem do Superesportes durante o início da partida, a maioria dos copos foi jogada pela torcida cruzeirense, mas os atleticanos também arremessaram o objeto no espaço reservado aos mandantes.
A área com mais foco dos torcedores do Cruzeiro foi o banco de reservas do Atlético. Os suplentes chegaram a ser atingidos, assim como o técnico argentino Eduardo Coudet, que chegou a ajudar na retirada dos objetos por parte do quarto árbitro.
Bombas explodiram perto de Rafael Cabral e Pezzolano
No segundo tempo, duas bombas foram arremessadas ao gramado e estouraram em meio à partida. Primeiro, uma próxima ao goleiro Rafael Cabral e à marca do pênalti foi jogada, aos 17 minutos.
Depois, aos 37', após o gol de empate do atacante Hulk, uma bomba caiu em frente ao banco de reservas do Cruzeiro e atrás do técnico uruguaio Paulo Pezzolano. Apesar da explosão, o treinador não se assustou, enquanto gandula e outras pessoas presentes mostraram preocupação.
Apesar dos incidentes, não houve feridos.
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