A reestruturação começou a ser planejada em 2014, mas foi aprovada pelo clube apenas em 2018. O objetivo era concluir as obras até 2022, mas a pandemia da COVID-19 e uma briga na Justiça (entenda ao fim da reportagem) atrapalharam os planos.
Em contato com o Superesportes, Marcus Salum atualizou o processo de reforma do CT, localizado em Contagem, na Grande BH. Segundo o dirigente, já houve a construção de um campo, rampas, reformas do vestiário, entre outros.
"Nós tomamos uma decisão de reservar um recurso para dentro do CT e ir arrumando as coisas. Fizemos um campo em cima, vamos fazer uma arquibancada, um mini-campo, um auditório no final do campo 2. Reformamos os vestiários. Vamos fazer uma rampa do campo 1 para o 2".
Apesar de ressalvas, Salum acredita que a modernização do Lanna Drumond o colocará entre os melhores do futebol brasileiro.
"É muito difícil avaliar em que ponto você está no Brasil, porque os CT's vão se modernizando, mas o Planeta América é para por entre os oito (melhores)".
Planeta América
O Planeta América contará com 10 campos (dois com arquibancadas), hotel do elenco profissional, alojamento para a base, piscinas, quadras poliesportivas, salas de musculação e espaços de convivência. A área total é de 150 mil metros quadrados.
Salum ressalta que a ideia é dar prioridade às obras que englobam o time profissional.
"O Planeta América é uma reforma no atual CT e uma expansão lá em baixo. São mudanças que o América precisa fazer. Lá em baixo, especificamente, 80% dessa área nova é (categoria) de base. Onde fica o profissional tem o hotel, as melhoras, a rua que será lá em cima. Ou seja, eu estou concentrado em fazer as coisas no terreno atual", afirmou o dirigente.
A atual estrutura do Lanna Drumond tem cinco campos (três em tamanho oficial) e comporta tanto o elenco principal quanto os das categorias Sub-20, Sub-17 e Sub-15. O time feminino não treina nas instalações, mas o clube pretende mudar isso em breve.
Atraso nas obras
Em julho, o local das obras do CT foi ocupado por moradores vizinhos. Os invasores entraram com uma liminar requerendo a posse da área, mas o pedido foi negado pela Justiça. O episódio postergou o fechamento de contratos com a parceira MRV Engenharia e atrasou as obras.
"Nós temos uma querela (disputa) com o vizinho, que houve uma invasão, uma disputa na Justiça, na qual nós ganhamos em segunda instância. Ainda não tivemos ordem de entrar na área, então ainda não está oficialmente resolvido o assunto. Acredito que não deva demorar", ressaltou Salum.
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