As duas partidas contra o Palmeiras, em 2 de 9 de abril, serão os compromissos mais importantes da recente história do Netuno. Profissionalizado em 2011, nunca havia alcançado sequer às quartas de final do estadual considerado o mais forte do país. Nas três participações anteriores, foi mero coadjuvante. Agora, além de protagonista, se credencia como ameaça ao ensaio da hegemonia alviverde nos gramados paulistas.
Em bate-papo com o Correio, Paulo Korek não escondeu a alegria pelo novo degrau alcançado pela modesta equipe da Grande São Paulo. Para o dirigente, o feito premia a insistência e o trabalho contínuo.
"Percebemos que valeu a pena cada gota de suor derramado para chegar até aqui. Tivemos trabalho e paciência em permanecer com o Carpini (técnico), que, na quarta rodada, tinha apenas dois pontos somados dos 12 disputados", lembra.
Embora muitos sejam os fatores que levaram o Água Santa à decisão do Paulistão, Korek aponta um ponto-chave. "Apesar dos resultados no início, víamos a evolução do time e tivemos a calma e a paciência para permanecer com o Carpini. Diria que esse é o maior segredo de tudo", comenta. O dirigente até se arrisca para dizer como se sente com o sucesso recente no torneio. "Se for para definir em palavras, diria que é um momento único, especial. Nada disso despencou. Trabalhamos e acreditamos para viver esse momento especial", discursa.
A presença nas fases agudas do Paulista renderam muito mais do que visibilidade ao Água Santa. Tudo bem que eliminar a dupla da elite do futebol nacional, São Paulo e Bragantino, e a oportunidade de encarar o badalado Palmeiras em dois jogos trouxeram reconhecimento para a equipe com a modesta folha salarial de R$ 800 mil - quase nada comparado aos R$ 18 milhões do alviverde.
No entanto, um dos maiores galardões ao time de Diadema está na chance de maior projeção com o calendário nacional. No próximo ano, o Netuno disputará, pela primeira vez, vagas na Copa do Brasil e Campeonato Brasileiro (Série D).