Falta integração dos órgãos
A partir dos dados consolidados e divulgados pela Prefeitura de Juiz de Fora no 1º Boletim de Vigilância das Violências, houve um Fórum que reuniu diversos órgãos que trabalham pelo fim da violência contra a mulher. Nesta conversa, ficou identificado que falta uma integração maior entre as forças de segurança pública para erradicar a violência contra mulher. “A gente precisa trabalhar a visibilidade desse problema de forma interinstitucional”, afirmou a juíza da Vara de Violência Doméstica e Familiar Contra a Mulher, Maria Cristina Trulio. Para Camila Rufato Duarte, a chave para essa integração passa pela comunicação entre os órgãos. “O que falta é, de fato, é integrar os órgãos, colocar todo mundo numa mesma mesa, conectá-los e criar uma rede de comunicação. Esses órgãos estão fazendo as mesmas coisas, um trabalho que não está sendo executado de forma devida, justamente porque não há comunicação entre os órgãos”, ressaltou a advogada. “A gente tem boas políticas públicas, excelentes leis. A questão é a efetivação, pois muitas vezes não existe recurso estatal direcionado para que essas políticas públicas sejam efetivas, que tenha aparato policial e judicial, e até mesmo um treinamento que não revitimize as mulheres. Teoricamente tem muitos fatores para efetivar a proteção às mulheres, mas na prática não são efetivados por falta de investimento e treinamento estatal”, finalizou.Estado de Minas