Fatia é equivalente a 8% do total de graduações de licenciatura. No outro extremo, 221 cursos (5,2%) tiraram a nota máxima na avaliação do Ministério da Educação. Ao centro, o ministro da Educação, Camilo Santana, participa de entrevista coletiva sobre avaliação dos cursos de licenciatura
Paloma Rodrigues/TV Globo
O Ministério da Educação (MEC) informou, nesta terça-feira (28), que 605 cursos de licenciatura do país têm qualidade considerada insatisfatória — o equivalente a 8% do total da área.
São essas graduações — como matemática, pedagogia, história, letras, física ou química — que formarão os futuros professores de escolas públicas e privadas.
Para chegar a essas conclusões, a pasta levou em conta o Conceito Preliminar de Curso (CPC) e o Índice Geral de Cursos (IGC), explicados a seguir.
??O Conceito Preliminar de Curso (CPC) avalia as graduações (biologia em determinada faculdade, por exemplo) e considera:
o desempenho dos alunos no Enade (prova feita no início e no fim da graduação);
a formação dos professores (se são mestres e doutores, por exemplo, e se trabalham em regime de dedicação exclusiva)
e a percepção dos estudantes sobre o próprio curso.
??Já o Índice Geral de Cursos (IGC) é mais amplo e mensura a qualidade da instituição de ensino como um todo. Entram na conta:
o CPC (explicado acima) dos últimos três anos e
as avaliações de mestrado e doutorado.
??As notas variam de 1 a 5, sendo:
1 e 2: insatisfatórios, sujeitos a medidas de regulação e supervisão do MEC;
3: regulares;
4 e 5: satisfatórios.
??Por que esses índices são importantes?
Eles servem para o MEC fiscalizar a qualidade dos cursos e ter dados para formular programas nacionais de educação.