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Protesto contra fechamento do Carlos Prates prejudica Aeroporto da Pampulha


 “Nenhuma aeronave que queira vir para a Pampulha – e não tenha vaga nos já lotados hangares desse aeroporto – vai conseguir sequer autorização para decolar”, afirmou Estevan Velasquez, presidente da associação Voa Prates. A entidade representa os interesses de concessionários, usuários, alunos e funcionários do aeroporto Carlos Prates.  A manifestação teve início na tarde de hoje em defesa da manutenção do espaço. Para isso, cerca de 20 aeronaves saíram do Carlos Prates e pousaram na Pampulha, o que foi o suficiente, segundo Velasquez, para demonstrar que o local ficou impraticável.  Leia: BH: aviões tentam pousar na Pampulha contra fechamento do Carlos Partes
Logo, o objetivo da ação é evidenciar que a quantidade de aeronaves não será comportada em outros aeroportos da capital e Região Metropolitana com o desmonte do Carlos Prates. “Ainda deixamos lá quase 100 aeronaves que não conseguiram lugar para vir e foram impossibilitadas de decolar, não tendo outro local para ir”, completou o presidente da Associação Voa Prates. 

Nessa terça-feira (28/3), o governo federal, por meio do Ministério de Portos e Aeroportos, confirmou a suspensão das atividades do Aeroporto Carlos Prates, em Belo Horizonte, no próximo sábado (1º/4). A deputada federal Greyce Elias (Avante-MG) – que havia solicitado audiência com o ministro de Portos e Aeroportos, Márcio França – encontrou-se com ele na sede do Ministério, em Brasília, onde discutiram a possibilidade de prorrogação das atividades do aeródromo. No entanto, não houve acordo e, deste modo, foi confirmado o fechamento do local como já era previsto.

No entanto, o governador de Minas Gerais, Romeu Zema, está em Brasília desde terça-feira (28/3) para acompanhar a “Marcha dos Prefeitos” e tentar adiar o prazo de fechamento do Carlos Prates em seis meses. O governo de Minas entende que a complexidade da operação e a necessidade de um planejamento adequado para reduzir os impactos sociais decorrentes desse processo exigem que a desmobilização do aeródromo seja moderada.

Entenda o caso

Em 14 de janeiro, o prefeito Fuad Noman (PSD) já havia anunciado que o Aeroporto Carlos Prates teria suas operações aéreas encerradas em 1° de abril. Isso porque após o acidente que ocorreu no dia 11 do mesmo mês – quando um avião caiu sobre duas casas no Bairro Jardim Montanhês – o aeroporto virou pauta em Brasília. Nesse sentido, com a intenção de municipalizar a área, o chefe do Executivo municipal se encontrou com o vice-presidente da República e ministro do Desenvolvimento, Indústria, Comércio e Serviços, Geraldo Alckmin (PSB), na capital mineira, na segunda-feira (13/3). Fuad quer construir 2 mil casas populares, um parque e um polo industrial não poluente no local. 

Por outro lado, a Associação Brasileira de Aviação Geral (Abag), entidade que representa o setor da aviação perante autoridades e órgãos reguladores, manifestou preocupação em relação ao desmonte do aeroporto situado na Região Noroeste da capital. Por meio de nota, o diretor geral da Abag, Flávio Pires, afirmou que “o que se precisa é de mais infraestrutura aeronáutica, não menos”.  Os rumos do aeroporto também têm incomodado funcionários, empresários, pilotos e estudantes de aviação. Por isso, cerca de 200 deles realizaram uma manifestação nesse sábado (25/3) em frente à portaria principal do aeroporto. Conforme a categoria, cerca de 500 pessoas ficarão desempregadas, 15 empresas deixarão de existir, cinco escolas vão interromper suas aulas e centenas de alunos não poderão retomar seus estudos se as atividades no local forem encerradas.

Estado de Minas

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