Minas Gerais Gerais

PF investiga se explosivos foram desviados para atacar caixas eletrônicos

Por Redação

30/03/2023 às 14:37:00 - Atualizado há


A “Operação Blaster”, desencadeada pela Polícia Federal (PF) nesta quinta-feira (30/03), tem o objetivo de combater o comércio ilegal de explosivos no Norte de Minas e no Vale do Jequitinhonha, além de investigar a possibilidade dos artefatos terem sido desviados para a explosão de caixas eletrônicos em ataques do chamado “Novo Cangaço”. 


A informação foi repassada ao ESTADO DE MINAS pelo delegado Gilvan Cleofilas Garcia de Paula, chefe da Delegacia de Polícia Federal de Montes Claros - unidade responsável pela apuração. Ele também informou que foram apreendidos cerca de R$ 10 mil com os investigados.

 

 


Durante a operação, foram cumpridos seis mandados de busca e apreensão. Quatro pessoas prestaram depoimentos à PF. A ação conta com o apoio do Exército, que atua na fiscalização administrativa dos estoques de explosivos encontrados.



As investigações se concentram no município de Coronel Murta, onde, de acordo com o trabalho policial, ficam sediadas as empresas responsáveis pelo comércio irregular dos artefatos explosivos.

 

 


As investigações foram iniciadas em 2 de dezembro, quando dois suspeitos foram presos pela Polícia Rodoviária Federal (PRF) na BR-251, no município de Grão Mogol, na mesma região, fazendo o transporte ilegal de mais de uma tonelada de explosivos.


Conforme revelou o Estado de Minas, na ocasião, a descoberta do material ocorreu por um acaso. Uma equipe da Polícia Rodoviária Federal (PRF) fazia patrulha na rodovia quando avistou uma caminhonete parada no acostamento com os pneus estourados, por isso parou para oferecer auxílio. Os dois ocupantes do veículo demonstraram nervosismo e os policiais acabaram encontrando os explosivos dentro do veículo.


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Os dois homens, que transportavam a “carga explosiva” em direção ao Pará foram presos e encaminhados para a Delegacia de Polícia Federal em Montes Claros. Com as prisões, a  PF descobriu que os explosivos foram vendidos ilegalmente por operadores de empresas atuantes na área de explosões e demolições.


Foram encontradas 1.260 unidades de dinamite, 1.250 metros de fio detonador não elétrico e 18 caixas de espoleta.


Ainda durante a apreensão, em dezembro, os dois suspeitos disseram que tinham adquirido os explosivos em Salinas, no Norte do estado. Ao aprofundar nas investigações, a Polícia Federal  descobriu que as empresas que venderam irregularmente os explosivos eram sediadas em Coronel Murta (Vale do Jequitinhonha), 78 quilômetros distante de Salinas.


“As empresas adquiriram legalmente os explosivos. Entretanto, a ocorrência do comércio irregular está sendo objeto desta investigação no intuito de apurar a existência de outras vendas, além da possibilidade de que os explosivos desviados tenham sido utilizados para explosão de caixas eletrônicos”, informou o delegado Gilvan Garcia.

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