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América: torcedores protestam contra acerto com atleta que é réu na Justiça



Um torcedor citou o fato de Marcinho ter assumido que dirigia depois de consumir bebidas alcoólicas. "Ele é assumidamente culpado pelo crime e segue como réu, ou seja, ainda não teve a pena decidida e muito menos cumprida".
"Ser a favor da reintegração de pessoas que cometeram crime é uma coisa, colocar essas pessoas em situação de destaque e frequentemente de idolatria é outra. Jogadores são idolatrados e ídolos de crianças. Um mal caráter desses não pode estar nessa posição!", disse o torcedor no Twitter.


Uma torcedora disse que a torcida do América não merece passar por isso.



Outras reclamações foram ainda mais duras: "Marcinho América? Vocês estão de sacanagem? Com tanto jogador, pegar um que só está livre porque no Brasil não tem Justiça".



Atropelamento e mortes


O jogador de 26 anos atropelou um casal de professores na Avenida Lúcio Costa, no Recreio, Zona Oeste do Rio de Janeiro, e fugiu sem prestar socorro.
Alexandre Silva de Lima morreu no momento do atropelamento. Já Maria Cristina José Soares faleceu seis dias depois, após ser levada em estado grave ao Hospital Lourenço Jorge. Ela chegou a ser transferia ao Hospital Vitória para passar por cirurgia, mas não resistiu.
O caso segue na Justiça. Parecer elaborado pelo Grupo de Apoio Técnico Especializado do Ministério Público do Estado do Rio de Janeiro (GATE/MPRJ) confirma laudos oficiais do caso e aponta que Marcinho estava em velocidade acima do permitido e afirma que "não poderia ser descartada de forma categórica" a presença de álcool no corpo do jogador.
Laudo pericial do Instituto de Criminalística Carlos Éboli (ICCE) afirma que o Mini Cooper dirigido por Marcinho estava entre 86 Km/h e 110 Km/h em uma via com velocidade máxima de 70 Km/h.
A defesa alega que, apesar das cinco tulipas de chopes consumidas por Marcinho, o teor alcóolico no corpo do jogador era "nulo ou praticamente nulo" - versão contestada pelo laudo do GATE/MPRJ.
Marcinho foi denunciado por duplo homicídio culposo (quando não há intenção de matar), com agravante por ter fugido do local.
"(Se eu pudesse voltar ao dia do acidente) Eu teria ficado. Eu teria parado e socorrido. Essa é a coisa que me persegue, essa é o meu grande erro dessa infelicidade toda pra todos", disse Marcinho, em entrevista à TNT em 2022.
"Eu não imagino a dor que eles sentem até hoje. Se pra mim está sendo complicado, está sendo difícil passar por isso, nem imagino a dor que eles tenham passado", prosseguiu, ao falar sobre as famílias das vítimas.  

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