"Hoje eu sei, não quis incentivar a violência, o ódio e muito menos a morte de alguém. Era um momento de folga, fui no automático, repostando, sabe?", disse o jogador celeste, que quebrou o silêncio depois de dois meses afastado, em entrevista exclusiva ao jornal O Globo.
Ele contou estar arrependido da manifestação nas redes sociais e que, como aprendizado, leva a decisão de não mais repostar nada "sem ler 200 vezes".
"Sei o que foi esse período, o que passei durante todos esses mais de 60 dias sem botar o pé numa quadra. A ansiedade, a interrogação na cabeça...", comentou o jogador, que era capitão da equipe antes de sofrer a punição.
Destacando que desfalcou a equipe por mais de 15 partidas, ele entende que poderia ter evitado a suspensão. "Entendi que respostei algo que não foi legal", admite, assegurando ver a punição como necessária para sua assimilação do fato: "Se não tivesse tudo isso, talvez não tivesse aprendido a lição".
Mancha na carreira?
Para Wallace, o episódio não manchou sua carreira. "Tudo o que fiz, não se apaga. Tenho uma carreira brilhante", ressaltou, evitando tecer opinião sobre as decisões do Comitê de Ética do COB e o Superior Tribunal de Justiça Desportiva : "Não sei se é justo ou não. Não sou eu quem devo achar isso".
"Não vou mais repostar nada sem ler 200 vezes do que se trata. Não vou mais no automático, serei cuidadoso. Mas não vou sair das redes sociais, serei mais atento", garantiu o jogador celeste.
Wallace, que chegou a ficar quase três semanas sem treinar, afirma estar aliviado por voltar a jogar e estabelece como meta chegar a mais uma final de Superliga. "Vou fazer o que faço de melhor, jogar. Imagina, tanto tempo sem jogar, vou engolir a bola", determinou, para o jogo deste sábado.
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