O lateral-direito Marcinho, do América, foi condenado a três anos e seis meses de prisão em regime aberto pelo episódio em que atropelou e matou um casal de professores no Rio de Janeiro, em dezembro de 2020. Na época, o jogador de 26 anos atuava pelo Botafogo.
O juiz Rudi Baldi Loewenkron, da 34ª Vara Criminal do Tribunal de Justiça do Rio (TJRJ), classificou o crime como homicídio culposo e converteu a punição para serviços sociais, a serem especificados pela Vara de Execuções Penais.
Conforme nota publicada pela assessoria do TJRJ, a sentença ainda determinou a suspensão da habilitação do atleta pelos mesmos três anos e seis meses.
O acidente aconteceu no dia 30 de dezembro de 2020, por volta das 20h30, quando Maria Cristina José Soares e Alexandre Silva de Lima atravessavam a Avenida Lúcio Costa, no Recreio dos Bandeirantes, na Zona Oeste do Rio.
Segundo o Ministério Público, minutos antes do atropelamento, Marcinho guiava o seu veículo, um Mini Cooper, de forma imprudente, em zigue-zague, na pista sentido Barra da Tijuca, numa velocidade entre 86km e 110km/h - acima do limite de 70 km/h.
Ainda de acordo com o MP, no dia do acidente, entre 11h e 11h30, Marcinho esteve no restaurante Rei do Bacalhau, bairro Encantado, na Zona Norte, onde ingeriu, ao menos, cinco tulipas de chopp.
Carreira de Marcinho
Marcinho foi contratado pelo América em 6 de abril de 2023. Antes, passou por Athletico-PR e Bahia - além do Botafogo, pelo qual iniciou a carreira profissional e disputou mais de 100 partidas.
A decisão do clube dividiu opiniões nas redes sociais - alguns torcedores se revoltaram pelo fato de o lateral ter se envolvido na ocorrência, enquanto outros entendiam que ele merecia uma chance.
Em meio aos protestos, a diretoria bancou o negócio com Marcinho, que ficou no banco de reservas na derrota por 3 a 0 para o Fluminense, sábado (15), no Independência, pela primeira rodada do Campeonato Brasileiro.