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Final entre Cruzeiro e Minas tem duelo de juventude contra experiência


A final "mineira" da Superliga Brasileira de Vôlei Masculino, entre Cruzeiro e Minas, amanhã, às 10h, na Arena Farma Conde, em São José dos Campos (SP), será marcada por um confronto especial entre os treinadores. De um lado, a experiência de Nery Tambeiro, que comanda o time minas-tenista. De outro, Filipe Ferraz, da equipe celeste, que até pouco tempo atrás brilhava nas quadras defendendo o próprio Cruzeiro.

 

Coincidentemente, os dois trabalharam juntos no Sesi, na temporada 2009/10, quando Neri era auxiliar-técnico e Filipe jogador. E não é difícil notar o respeito que nutrem um pelo outro. "O Filipe está indo muito bem como técnico. Já começou conquistando títulos pelo Cruzeiro. Torço para que ele tenha uma carreira vitoriosa", diz, lançando um alerta: "Vamos decidir a Superliga. Tenho de conseguir barrar a tática dele".

 

Já Filipe, que comanda a equipe estrelada há um ano e meio, lembra a primeira vez que se encontrou com Nery, como treinador. "Foi num jogo Cruzeiro x Minas e ele foi logo me dizendo: "Boa sorte. está fazendo um bom trabalho. Mas pra ter o respeito entre os treinadores, tem que deixar crescer uma barriguinha". O técnico diz que a protuberância abdominal nunca acontecerá, pois ele preserva a "parte" jogador. Nos treinos, é ele quem saca para treinar a defesa dos líberos e ponteiros.

 

Filipe conta que viveu um momento de grande tensão quando foi comunicado de que seria o treinador do Cruzeiro. "Era tudo novo. Tinha medo da recepção do grupo, embora companheiros. No entanto, eu me preparei para sair da quadra. Eu era o capitão. Tive apoio da direção do clube. Além disso, o que ninguém sabe é que em 2005 eu me formei em educação física, e que de 2015 a 2017 fiz um MBA de gestão empresarial, matemática empresarial e direito empresarial. A cabeça é fundamental para se aproveitar e fazer a transição que fiz. Apareceu a oportunidade e está dando certo."

 

Montagem do time

 

Nery fala mais do presente e de como foi montar o time do Minas. "Na verdade, o meu trabalho é uma continuidade. São sete anos, que culminam com a chegada do William (levantador) e do Vissotto (oposto), que, pela experiência, equilibraram a equipe. Eles elevaram o nível", comentou o treinador.

 

"O Minas tem por tradição o aproveitamento da prata da casa, e isso nós fizemos. A base foi chegando e entrando. É um belo roteiro. Pra você ter uma ideia, são 10 jogadores saídos da base: Honorato, Maike, Paulo, Kelvin, Lucas, Juninho, Marcos, Saliba, Baioco e Gabriel. Seria um prêmio conquistar o título tendo esse grupo formado em casa."

 

Praia na final

 

O Praia Clube, de Uberlândia, está na final da Superliga Feminina. Ontem, o time do Triângulo Mineiro venceu o Flamengo por 3 sets a 1 (parciais de 16/25, 30/28, 26/24/25/15), em seu ginásio, no terceiro e último jogo da série. Na final, dia 7 de maio, a equipe pega o Minas.

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