No vídeo retirado da transmissão da partida e publicado nas redes sociais do coletivo, é possível ouvir de forma nítida o trecho "... A Jovem [torcida organizada do Sport] é gay, é gay, é gay...", parte de um cântico mais longo, de cunho preconceituoso.
O fato não foi registrado pelo árbitro Denis da Silva ribeiro na súmula da partida, que foi para os pênaltis e terminou com o Ceará campeão. Os únicos incidentes mencionados são relacionados a sinalizadores e laser.
O Coletivo enviou denúncia ao Superior Tribunal de Justiça Desportiva (STJD) para que o órgão avalie o caso.
De acordo com o artigo 54 do Regulamento Geral de Competições da CBF, de 2022, infrações desta natureza são consideradas gravíssimas, cabendo sanções previstas no artigo 243-G do Código Brasileiro de Justiça Desportiva (CBJD), como perda de pontos, mandos de campo ou até exclusão de campeonatos.
- Confesso que esse caso em específico causa a mim e outras pessoas do Coletivo Canarinhos LGBTQ um certo cansaço, foram inúmeras denúncias enviadas e com provas contundetes e que foram arquivadas, mas acredito que é um momento diferente e que medidas serão tomadas tanto pela CBF quanto pelo próprio STJD - diz Onã Rudá, ativista do Coletivo.
- Esperamos que a direção do clube se sensibilize diante desse fato e busque construir ações mais contundentes que combata esse tipo de expressão -, completa.
Na nota oficial, a Canarinhos LGBTQ reitera que a "impunidade gera indiretamente um estímulo", apontando que a torcida organizada Cearamor, do Ceará, divulgou o vídeo nas redes sociais.
O SuperEsportes procurou o Ceará. A matéria será atualizada assim que o clube enviar seu posicionamento.