O ex-atacante teve contrato com o Alviverde de 2009 a 2013, e despontava como uma das joias a ser lapidadas naquele elenco. Em entrevista concedida ao site 'Palmeiras Todo Dia' à época, ele vislumbrava seu futuro promissor no esporte.
- O sonho de todo jogador é defender a seleção e jogar na Europa. Para mim não é diferente. Mas meu pensamento é de ficar no Palmeiras por muitos anos. Pretendo me firmar por aqui, me tornar ídolo ganhando títulos - disse.
- Prefiro pensar antes no futebol do que no dinheiro que se ganha lá fora. Mas não nego que eu sonho em jogar no Barcelona. Jogar junto do Messi. Já imaginou pegar um pouco daquele mel que ele tem? É fogo (risos)! - completou.
Apesar do sonho, Romarinho não chegou a estrear pelo profissional do Palmeiras. Seu último registro como jogador é de 2019, na Ponte Preta. Nesse intervalo, ele passou pelo Atibaia, Atlético Sorocaba, Ypiranga, Passo Fundo e Guaratinguetá. Acabou marcado como jogador indisciplinado.
Atualmente, ele é dono de uma loja de veículos de luxo na zona norte de São Paulo, mas não se afastou do esporte. Os principais clientes são jogadores e ex-jogadores de futebol.
Documentos e registros de conversas obtidos pela MPGO apontam que Romarinho intermediava o contato entre jogadores e apostadores da quadrilha.
Ele era responsável por trazer novos nomes para o esquema, e convencer atletas a aceitar levar cartões amarelos, vermelhos ou cometer pênaltis por dinheiro.
Foi Romarinho quem trouxe Eduardo Bauermann para o esquema - o cobrou, de forma incisiva e com ameaças, quando o plano não deu certo.
A Justiça de Goiás denunciou o ex-atleta e outras 15 pessoas pela manipulação nos resultados. No momento da prisão, foram apreendidas com ele duas pistolas e 23 munições.
Entenda o caso
Através da Operação Penalidade Máxima II, o Ministério Público de Goiás investiga ações de uma quadrilha visando a manipulação de jogos de futebol no Brasil em 2022 e 2023.
Os agentes do MP-GO investigam pelo menos 20 partidas das Séries A e B do Brasileirão de 2022, além de dois campeonatos estaduais de 2023, o Paulista e o Gaúcho. A nova denúncia, apresentada à Justiça recentemente, foi feita com base em conversas de aplicativos de mensagens. Através delas, os investigadores puderam encontrar os valores oferecidos a cada atleta para que tomasse cartões amarelos ou vermelhos, ou até cometessem pênaltis.
Bruno Lopez de Moura, tido como líder da quadrilha no esquema, foi detido na primeira parte da operação, mas acabou solto após habeas corpus concedido pelo Tribunal de Justiça de Goiás. Outros 16 suspeitos podem virar réus no caso.
O MP-GO pede a condenação do grupo liderado por Bruno Lopez e o ressarcimento de 2 milhões de reais aos cofres públicos por danos morais coletivos.
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